O Voando em Moçambique é um pequeno tributo à História da Aviação em Moçambique. Grande parte dos seus arquivos desapareceram ou foram destruídos e o que deles resta, permanecem porventura silenciosos nas estantes de muitos dos seus protagonistas. A História é feita por todos aqueles que nela participaram. É a esses que aqui lançamos o nosso apelo, para que nos deixem o seu contributo real, pois de certo possuirão um espólio importante, para que a História dessa Aviação se não perca nos tempos e com ela todos os seus “heróis”. As gerações futuras de certo lhes agradecerão. Muitos desses verdadeiros heróis, ilustres aventureiros desconhecidos, souberam desafiar os perigos de toda a ordem, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes, em condições meteorológicas adversas, quais “gloriosos malucos das máquinas voadoras”. Há que incentivar todos aqueles que ainda possuam dados e documentos que possam contribuir para que essa História se faça e se não extinga com eles, que os publiquem, ou que os cedam a organizações que para isso estejam vocacionadas. A nossa gratidão a todos aqueles que ao longo dos tempos se atreveram e tiveram a coragem de escrever as suas “estórias” e memórias sobre a sua aviação. Só assim a História da Aviação em Moçambique se fará verdadeiramente, pois nenhum trabalho deste género é suficientemente exaustivo e completo. A todos esses ilustres personagens do nosso passado recente que contra tudo e todos lutaram para que essa história se fizesse, a nossa humilde e sincera homenagem.

A eles dedicamos estas linhas.

José Vilhena e Maria Luísa Hingá

========================

Quem tiver fotos e/ou documentos sobre a Aviação em Moçambique e os queira ver publicados neste blogue, pode contactar-me pelo e-mail:lhinga@gmail.com

=======================

Por motivos alheios algumas das imagens não abrem no tamanho original. Nesse caso podem selecionar “abrir imagem num novo separador” ou “Guardar imagem como…”.

10/10/06

52-Bases aéreas portuguesas em Moçambique


Vista Aérea do AB7. Tete
BA10. Beira


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Desde 1917 até 1975, a Aviação Militar Portuguesa manteve bases e unidades aéreas em diversos territórios ultramarinos portugueses. A primeira unidade foi a Esquadrilha Expedicionária a Moçambique, enviada para participar nas operações contra os alemães, por ocasião da 1ª Guerra Mundial. Essa esquadrilha foi uma das primeiras unidades de aviação militar de todo o continente africano. No entanto a grande instalação de unidades aéreas no ultramar deu-se a partir de 1961, por ocasião da Guerra do Ultramar, altura em que foram instaladas bases e aeródromos espalhados por todos os territórios africanos portugueses.

Segundo a organização da Força Aérea no Ultramar, estabelecida na década de 1950, foram criados os seguintes tipos de bases:

  • 1) Bases Aéreas (BA) - bases centrais de Região Aérea ou de Zona Aérea;
  • 2) Aeródromos-Base (AB) - bases sede de sector de Região Aérea;
  • 3) Aeródromos de Manobra - aeródromos satélite complementares das BA ou dos AB;
  • 4) Aeródromos de Trânsito - bases de reabastecimento e apoio à rota aérea Lisboa - Cabo Verde - Bissau - S.Tomé - Luanda - Moçambique.
  • 5) Aeródromos de Recurso - aeródromos de emergência e de apoio;
  • 6) outros aeródromos - foram criados muitos aeródromos e pistas de aviação junto a unidades militares de superfície, sobretudo junto às mais isoladas, para apoio às mesmas. Nalguns deles estavam estacionados Destacamentos de Coooperação da Força Aérea, sob controlo operacional do Exército e outros serviam de sede às Formações Aéreas Voluntárias. No entanto, na maioria deles não havia guarnição permanente de pessoal e meios da FAP.

Enquanto que as bases aéreas da Metrópole eram normalmente especializadas num determinado ramo de aviação (caça, luta anti-submarina, transporte, instrução, etc.), a maioria das instalações do Ultramar funcionava como base regional, destinando-se a cobrir um determinado sector aéreo e possuindo esquadras dos diversos tipos necessários à actuação nesse sector, sobretudo de reconhecimento, de apoio de fogo, de transporte e de helicópteros.

Normalmente, só as BA e os AB tinham meios aéreos permanentemente estacionados. Nos outros aeródromos operavam destacamentos das esquadras sedeadas em BA e AB. No entanto, em alguns casos, existiram esquadras sedeadas permanentemente em Aeródromos de Manobra.

Por território, as bases e unidades foram as seguintes:

Da Aeronáutica Militar:

  • 1917-1918 - Campo de Mocímboa da Praia, sede da Esquadrilha Expedicionária a Moçambique;
  • 1949-1952 - Centro de Instrução Aeronáutica de Lourenço Marques (passou para a Força Aérea em 1952).

Da Força Aérea Portuguesa:

  • 1952-1955 - Centro de Instrução Aeronáutica de Lourenço Marques;
  • 1962-1975 - Base Aérea Nº 10 (BA10), base aérea central na Beira;
  • 1961-1975 - Aeródromo-Base Nº 5 (AB5), base aérea de sector em Nacala;
  • 1967-1975 - Aeródromo-Base Nº 6 (AB6), base aérea de sector em Nova Freixo;
  • 1962-1975 - Aeródromo-Base Nº 7 (AB7), base aérea de sector em Tete;
  • 1963-1975 - Aeródromo-Base Nº 8 (AB8), base aérea de sector em Lourenço Marques;
  • 1962-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 51, aeródromo satélite do AB5 em Mueda;
  • 1963-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 52, aeródromo satélite do AB5 em Nampula;
  • 1967-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 61, aeródromo satélite do AB6 em Vila Cabral;
  • 1967-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 62, aeródromo satélite do AB6 em Marrupa;
  • 1962-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 71, aeródromo satélite do AB7 em Furacungo;
  • 1962-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 72, aeródromo satélite do AB7 em Chicoa;
  • 1962-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 73, aeródromo satélite do AB7 em Mutara;
  • 1963-1975 - Aeródromo de Recurso de Tenente Valadim;
  • 1963-1975 - Aeródromo de Recurso de Montepuez;
  • 1963-1975 - Aeródromo de Recurso de Milange;
  • 1963-1975 - Aeródromo de Recurso de Fingoé;
  • 1963-1975 - Aeródromo de Recurso de Vila Pery.

Sem comentários: