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Desde 1917 até 1975, a Aviação Militar Portuguesa manteve bases e unidades aéreas em diversos territórios ultramarinos portugueses. A primeira unidade foi a Esquadrilha Expedicionária a Moçambique, enviada para participar nas operações contra os alemães, por ocasião da 1ª Guerra Mundial. Essa esquadrilha foi uma das primeiras unidades de aviação militar de todo o continente africano. No entanto a grande instalação de unidades aéreas no ultramar deu-se a partir de 1961, por ocasião da Guerra do Ultramar, altura em que foram instaladas bases e aeródromos espalhados por todos os territórios africanos portugueses.
Segundo a organização da Força Aérea no Ultramar, estabelecida na década de 1950, foram criados os seguintes tipos de bases:
- 1) Bases Aéreas (BA) - bases centrais de Região Aérea ou de Zona Aérea;
- 2) Aeródromos-Base (AB) - bases sede de sector de Região Aérea;
- 3) Aeródromos de Manobra - aeródromos satélite complementares das BA ou dos AB;
- 4) Aeródromos de Trânsito - bases de reabastecimento e apoio à rota aérea Lisboa - Cabo Verde - Bissau - S.Tomé - Luanda - Moçambique.
- 5) Aeródromos de Recurso - aeródromos de emergência e de apoio;
- 6) outros aeródromos - foram criados muitos aeródromos e pistas de aviação junto a unidades militares de superfície, sobretudo junto às mais isoladas, para apoio às mesmas. Nalguns deles estavam estacionados Destacamentos de Coooperação da Força Aérea, sob controlo operacional do Exército e outros serviam de sede às Formações Aéreas Voluntárias. No entanto, na maioria deles não havia guarnição permanente de pessoal e meios da FAP.
Enquanto que as bases aéreas da Metrópole eram normalmente especializadas num determinado ramo de aviação (caça, luta anti-submarina, transporte, instrução, etc.), a maioria das instalações do Ultramar funcionava como base regional, destinando-se a cobrir um determinado sector aéreo e possuindo esquadras dos diversos tipos necessários à actuação nesse sector, sobretudo de reconhecimento, de apoio de fogo, de transporte e de helicópteros.
Normalmente, só as BA e os AB tinham meios aéreos permanentemente estacionados. Nos outros aeródromos operavam destacamentos das esquadras sedeadas em BA e AB. No entanto, em alguns casos, existiram esquadras sedeadas permanentemente em Aeródromos de Manobra.
Por território, as bases e unidades foram as seguintes:
Da Aeronáutica Militar:
- 1917-1918 - Campo de Mocímboa da Praia, sede da Esquadrilha Expedicionária a Moçambique;
- 1949-1952 - Centro de Instrução Aeronáutica de Lourenço Marques (passou para a Força Aérea em 1952).
Da Força Aérea Portuguesa:
- 1952-1955 - Centro de Instrução Aeronáutica de Lourenço Marques;
- 1962-1975 - Base Aérea Nº 10 (BA10), base aérea central na Beira;
- 1961-1975 - Aeródromo-Base Nº 5 (AB5), base aérea de sector em Nacala;
- 1967-1975 - Aeródromo-Base Nº 6 (AB6), base aérea de sector em Nova Freixo;
- 1962-1975 - Aeródromo-Base Nº 7 (AB7), base aérea de sector em Tete;
- 1963-1975 - Aeródromo-Base Nº 8 (AB8), base aérea de sector em Lourenço Marques;
- 1962-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 51, aeródromo satélite do AB5 em Mueda;
- 1963-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 52, aeródromo satélite do AB5 em Nampula;
- 1967-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 61, aeródromo satélite do AB6 em Vila Cabral;
- 1967-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 62, aeródromo satélite do AB6 em Marrupa;
- 1962-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 71, aeródromo satélite do AB7 em Furacungo;
- 1962-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 72, aeródromo satélite do AB7 em Chicoa;
- 1962-1975 - Aeródromo de Manobra Nº 73, aeródromo satélite do AB7 em Mutara;
- 1963-1975 - Aeródromo de Recurso de Tenente Valadim;
- 1963-1975 - Aeródromo de Recurso de Montepuez;
- 1963-1975 - Aeródromo de Recurso de Milange;
- 1963-1975 - Aeródromo de Recurso de Fingoé;
- 1963-1975 - Aeródromo de Recurso de Vila Pery.
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