Assim e com grande curiosidade, nasceu a ideia de experimentar a cultura deste tipo de flores. Contactei o Eng.º Madureira dos Serviços de Agricultura, Amigo de horas amargas, que se mostrou muito interessado. Segundo ele, era uma cultura providencial para o momento que então se vivia, especialmente no colonato de Nova Madeira. povoado na sua quase totalidade por oriundos daquela ilha e vivendo com enormes dificuldades resultantes da guerrilha e das minas.
A cultura das flores não era novidade pois muitas das mulheres tinham já experiência dessa actividade.
Era ainda uma cultura que podia efectuar-se na vizinhança da habitação, sem deslocações perigosas, minimizando o perigo das minas.
Tinha ainda a particularidade de ser escoável por via aérea, característica rara em produtos agrícolas o que para o Niassa era fundamental quer pela inexistência de comunicações capazes quer pelas enormes distâncias aos centros de consumo.
Da Holanda foram importados os bolbos e distribuídos pelos residentes do colonato. A escolha, embalagem, transporte via DETA, colocação em Nampula, Beira, Lourenço Marques, etc. foram a minha função.
Por curiosidade posso referir que o primeiro lote de caixas específicas para a embalagem, fabricadas conforme o standard Sul-africano, eram 50 centímetros mais curtos que as flores. Estava provada a aptidão natural da terra para o cultivo daquelas flores. O explorador protestante tinha razão
Ainda hoje se vendem desses gladíolos em Vila Cabral (Lichinga)
Relato de Vítor Silva, que foi piloto na OCAPA - P. Amélia (Pemba) em 66/68 e de
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