O Voando em Moçambique é um pequeno tributo à História da Aviação em Moçambique. Grande parte dos seus arquivos desapareceram ou foram destruídos e o que deles resta, permanecem porventura silenciosos nas estantes de muitos dos seus protagonistas. A História é feita por todos aqueles que nela participaram. É a esses que aqui lançamos o nosso apelo, para que nos deixem o seu contributo real, pois de certo possuirão um espólio importante, para que a História dessa Aviação se não perca nos tempos e com ela todos os seus “heróis”. As gerações futuras de certo lhes agradecerão. Muitos desses verdadeiros heróis, ilustres aventureiros desconhecidos, souberam desafiar os perigos de toda a ordem, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes, em condições meteorológicas adversas, quais “gloriosos malucos das máquinas voadoras”. Há que incentivar todos aqueles que ainda possuam dados e documentos que possam contribuir para que essa História se faça e se não extinga com eles, que os publiquem, ou que os cedam a organizações que para isso estejam vocacionadas. A nossa gratidão a todos aqueles que ao longo dos tempos se atreveram e tiveram a coragem de escrever as suas “estórias” e memórias sobre a sua aviação. Só assim a História da Aviação em Moçambique se fará verdadeiramente, pois nenhum trabalho deste género é suficientemente exaustivo e completo. A todos esses ilustres personagens do nosso passado recente que contra tudo e todos lutaram para que essa história se fizesse, a nossa humilde e sincera homenagem.

A eles dedicamos estas linhas.

José Vilhena e Maria Luísa Hingá

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Quem tiver fotos e/ou documentos sobre a Aviação em Moçambique e os queira ver publicados neste blogue, pode contactar-me pelo e-mail:lhinga@gmail.com

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Por motivos alheios algumas das imagens não abrem no tamanho original. Nesse caso podem selecionar “abrir imagem num novo separador” ou “Guardar imagem como…”.

18/12/06

172- Aerogare de Angoche

Transcrevo o comentário deixado por Carlos Brites.
"A aerogare da A.Enes (Angoche) nem sequer electricidade tinha. A pista era iluminada para aterragens nocturnas com candeeiros a combustível líquido que eram distribuídos ao longo da pista utilizando o Land Rover da Aeronautica Civil. Nestes casos a carrinha da DETA era posicionada na "placa", se assim se pode chamar ao terreiro em frente à aerogare e separada desta por uma farta vedação vegetal, com os faróis acesos para iluminar o local. Cheguei a fazer "folhas de carga e de centragem" do F27 à luz do petromax usando a velhinha calculadora "facit" a manivela... bons velhos tempos.
CB"

Foto do Prof. Raúl Ferrão.

16/12/06

171-Acidentes nos anos 50

Alguém se lembra destas duas histórias?

Tinha um tio, cujo irmão era Teofilo dos Santos Valentim, piloto do Aero Clube da Beira e que um dia, ao levantar voo do Buzi em direcção à Beira, desapareceu e nunca nada deu à costa. Na altura eu era miuda, talvez 9/10 nos e foi uma tragédia na familia. Disse-se muita coisa, mas o que é certo é que nunca apareceu vestigio nenhum. Quem estava no Buzi na altura da descolagem, garantiu que ele rumou em direcção à Beira, cuja distância era pequena e segundo os entendidos ao levantar do Buzi, via-se logo a cidade.

Nota: Deve ter sido nos anos 50 MLH


Outra historia de queda de avião, mas no Norte, foi na altura em que o Craveiro Lopes là foi e que caiu o avião com os reporteres do Radio Clube de Moçambique, sendo o mais conhecido o Alexandre Quintão. Creio que isto aconteceu em 1956/57. Lembro-me pois já era crescidinha e lembro-me até que disseram que foram encontrados restos do avião, mas que os corpos teriam sido comidos pelos animais, pois o avião caiu em plena floresta. Estou a dizer isto, mas se calhar já não é novidade para ti.
Histórias enviadas por Maria Manuel M.

14/12/06

170-Luabo, chegada do avião

Foto dos anos 50 tirada de um livro sobre a Sena Sugar Estates e que representa a chegado do avião ao Luabo.

13/12/06

169-Aerogare de Nampula


Foto de Fado Alexandrino

168 - CR-ANZ, da TAZ - Transportes Aéreos da Zambézia

"Junto uma foto que poderá publicar no seu blog de um avião da TAZ que era usualmente pilotado pelo Comandante Faria, de Vila Junqueiro. A foto foi tirada no antigo aeroporto de Quelimane. Conheci muito bem todos os pilotos da TAZ.
De momento deixo aqui um testemunho de saudade a Mário Clarissau de Sousa Ramos que após a independência de Moçambique faleceu num acidente de aviação perto de Jo'burg."
Foto e texto de Fado Alexandrino

Nota: O Comandante Faria e a TAZ já foram referidos em artigos anteriores.

167-Raid Aéreo Lisboa – Guiné – Angola – Moçambique – Lisboa

Adicional ao Artigo 39

Cruzeiro Aéreo às Colónias

Extraído do Jornal Noticias – 30 de Janeiro de 1936



Coronel Cifka Duarte, comandante do cruzeiro, pronunciando ao microfone algumas palavras de saudação á população.

Os aviões na formação com que chegaram ao campo de aviação . Ao centro, o Sr. Coronel Cifka Duarte, entre o Presidente da Câmara Municipal, Sr. Engenheiro Pinto Teixeira, e o Sr. Tenente-Coronel Verdades de Miranda, presidente da Comissão Organizadora da recepção aos aviadores.


A confusão no campo é agora grande, vendo-se os aviadores dispersos, recebendo aqui e ali abraços de amigos e saudações de membros da população.

Torna-se impossível reuni-los todos, dirigindo-se o Coronel Cifka Duarte, a convite do Grémio dos Radiofilos, ao microfone montado no campo, onde pronunciou as seguintes palavras:

<<>>

Conseguindo-se, enfim, passar palavra a todos os aviadores, organiza-se, a custo, o cortejo até á Câmara Municipal, onde a guarda de honra era feita pelo Corpo de Salvação Pública, de grande uniforme. A sala achava-se repleta quando, meia hora depois, se realizou a sessão de boas-vindas, estando presentes todos os aviadores, á excepção do Tenente Manuel Gouveia, por ter recolhido ao hotel doente, vendo-se na sala muitos componentes do alto funcionalismo, representantes de colectividades e muitas senhoras, ostentando os vereadores as suas faixas verde-rubras.

O Sr. Engenheiro Pinto Teixeira, abrindo a sessão, pronunciou o seguinte discurso:

<<>

Obrigada Cristina Teixeira Pinto pela cedência de cópia do artigo do Jornal de Noticias

11/12/06

166- Aeródromo de Vilanculos em 1969


Aerogare
Vista aérea do aeródromo

Fotos tiradas pelo CTA António R.Hingá, em 1969.

07/12/06

165-Voos presidenciais a Moçambique em aviões TAP



CS-TLB –Super Constellation

02/08/1956 – efectuou viagem presidencial a Moçambique, com o PR Gen. Craveiro Lopes.

02/08/1956 - LIS-TMS: 2157-0918GMT

03/08/1956 – TMS-LAD: 1147-1500GMT

04/08/1956 - LAD-LUM: 0558-1300GMT

Crew: Cte. Marcelino, Cop. Rato, Nav. B. Silva + C. Lopes, R/T Pereira + Serpa, Mec. Almeida + Trancoso, C/B Esteves, A/B R. Vaz + Hopffer.

03/09/1956 – efectuou regresso da viagem presidencial a Moçambique, com o PR Gen. Craveiro Lopes.

03/09/1956 - LUM-JNB: 0645-0825GMT

05/09/1956 – JNB-LAD: 0800-1420GMT

08/09/1956 - LAD-TMS: 0949-1300GMT

09/09/1956 – TMS-LIS: 0622-1800GMT

Crew: Cte. Marcelino, Cop. Horta, Nav. Muller + Grilo, R/T Pereira, Mec. Octávio + Coragem, C/B Ribeiro, A/B Piçarra + Gabriela.



CS-TLC –Super Constellation

07/08/1964 – efectuou viagem presidencial Beira-Luanda (com escala em Henrique Carvalho) no regresso da sua visita a Moçambique, com o PR Alm. Américo Tomás, voo TP CH20.

Beira-Henr. Carvalho-LAD: 0603-1023; 1414-1619GMT, CH 20.

Crew: Cte. Mano + Magro, Nav. Carvalho, Mec. Moura + Picoito, R/T Pombo, C/B E. Barbeiro + Vasconcelos, A/B Pablo + Herédia + Semião.



CS-TBL – Boeing 727

14/04/1969 – transportou o Presidente do Conselho, Prof. Marcello Caetano de Lisboa a Bissau, no início da sua viagem presidencial ao Ultramar Português (restante viagem com TBA e TBC).

LIS-BXO, TP CH60: 0840-1300GMT (voo presidencial).

Crew: Cte. Solano, Cop. Freitas, Mec. Coelho, C/B Machado + L. Filipe, A/B Mª José + Neyde + Caio.


CS-TBA – Boeing 707

15/04/1969 – transportou o Presidente do Conselho, Prof. Marcello Caetano de Bissau a Luanda e Beira, na sua viagem presidencial ao Ultramar Português (restante viagem com TBL e TBC).

BXO-LAD, TP CH61: 1055-1620GMT (voo presidencial)

Crew: Cte. Grilo, Cop. Fadié, Mec. Coragem, Nav. J. F. Rodrigues, R/T Simões, C/B Santiago + J. Fonseca + Alberto + Paes, A/B Inácio + M. Afonso + Paulina + Mealha.

LAD-BEW, TP CH62: 0855-1210GMT (voo presidencial) (17/04/1969)

Crew: Cte. A. Reis, Cop. Sérgio, Mec. Pinto, R/T Pereira, C/B Santiago + J. Fonseca + Alberto + Paes, A/B Inácio + M. Afonso + Paulina + Mealha.


CS-TBC – Boeing 707

21/04/1969 – transportou o Presidente do Conselho, Prof. Marcello Caetano de Nova Lisboa a Luanda e Lisboa, no final da sua viagem presidencial ao Ultramar Português (restante viagem com TBL e TBA).

Nova Lisboa-LAD, TP CH64: 0810-0905GMT (voo presidencial)

LAD-LIS, TP CH64: 1000-1840GMT (voo presidencial)

Crew: Cte. Marcelino + Ribeiro, Mec. Ventura, Nav. Miguel, R/T Colaço, C/B Santiago + J. Fonseca + Alberto + Paes, A/B Inácio + M. Afonso + Paulina + Mealha.


CS-TBD – Boeing 707

19/10/1968 – baptismo em voo especial sobre Lourenço Marques (sendo o descerramento do nome no aeroporto da Beira), pelo Arcebispo de Lourenço Marques, D. Custódio Alvim Pereira; madrinha: D. Maria das Neves Rebelo de Sousa, esposa do Governador-Geral de Moçambique, Dr. Baltazar Rebelo de Sousa. O avião partiu da Beira, sobrevoando depois a cidade de Lourenço Marques (que não dispunha de pista para B707) e voltando a aterrar na Beira. Voo BEW-BEW, TP ESP08, 1510-1725GMT.

Crew: Cte. A. Reis, Cop. Carlos, Mec. Andrade, R/T Antão, C/B Pinho + Maio + Von Gilsa, A/B Inácio + Neyde + Quadros + Setil.


Informação de Paulo Pereira

06/12/06

164-25º Aniversário da DETA






A Assinalar hoje um Aniversário de alto significado para MOÇAMBIQUE
“Jornal Noticias de Lço Marques”

DETA, são as inicias das asas que cobrem Moçambique em todos os sentidos e todos os dias, contribuindo de forma marcável para o progresso económico desta parcela de Portugal. DETA são letras de que a Província inteira se orgulha, admira e estima.

Pioneira da aviação comercial em Portugal, a DETA (como é conhecida a Divisão de Exploração de Transportes Aéreos da Direcção dos Serviços de Caminhos de Ferro, Portos e Transportes de Moçambique) festeja presentemente os 25 anos da sua existência.
É uma data feliz para toda a Província, que a vive com o mesmo entusiasmo e carinho que certamente envolverá os homens que a conceberam, realizaram, tornaram grande, em seguimento a um ideal que tinha como base a finalidade de servir.
Recordamos, contudo, neste momento os verdadeiros obreiros da DETA, aqueles que lhe deram forma, atirando para os céus de Moçambique as suas asas que são sinónimo de vida e progresso. Justo destacar, em primeiro lugar, a figura nº 1; Eng. Francisco dos Santos Pinto Teixeira, felizmente ainda vivo, e que neste momento tem todo o direito de se sentir vaidoso. Foi ele que, rodeado por outros homens de têmpera rija, quantos deles já desaparecidos da vida, soube querer e vencer. A ele são devidas neste momento, as mais rendidas homenagens de toda a população desta terra.

É o Eng. Pinto Teixeira que felicitamos especialmente neste dia, e na sua pessoa, todo o pessoal da DETA, desde o seu Chefe, Tenente-coronel Silva Pais, até ao mais modesto operário das suas oficinas. Nele saudamos duma forma especial o pessoal do ar, aqueles que conduzem em segurança milhares de pessoas que todos os dias são transportadas entre o extremo-norte de Moçambique, Mocímboa da Praia, e o extremo-sul, Lourenço Marques.
Esses homens e raparigas, quase todos milionários do ar, que quantas vezes, mesmo com o sacrifício de horas em excesso, estão presentes no cumprimento dum dever. Eles mesmo que ganharam há muito o carinho e a amizade de todos aqueles que voam na DETA, seguros e quase certos de serem conduzidos sem perigo a bom rumo.
Recordam-se neste momento de festa, outras figuras a quem a DETA deve a sua existência, que é uma das portentosas realidades de Moçambique. E um nome, o do




Tenente-Coronel Pinho da Cunha, sobressai, por ter sido o primeiro homem que pegou no leme da grande organização aérea, para a conduzir, como seu chefe que foi durante alguns anos, até hoje.
Faz 25 anos, a DETA. Um quarto de século de trabalho e de fé num Moçambique cada vez maior. Olhando para trás, sente-se todo um longo rasto de caminho que representa dever cumprido. E, pondo os olhos bem em frente, na senda do futuro que está para ser vencido, muito mais se verá para além do imenso que está feito.
Tal como os homens antigos que fizeram a DETA e a continuaram ao longo de um quarto de século, os actuais também saberão cumprir o seu dever.

Texto e fotos de Cristina Pinto Teixeira




163-Major Francisco dos Santos Pinto Teixeira (O Pai da DETA) 1

Adicional ao artigo 31


Há uns anos atrás o Aeroclube de Moçambique fez uma comemoração onde voltaram a pôr o busto do meu avô e várias fotos.


Também foi dado o nome do meu avô a um avião do Aeroclube de Moçambique, em Maputo a 31-08-2002.

Engenheiro Pinto Teixeira aprende a Voar

Talvez muita gente não saiba que o Sr. Engº Pinto Teixeira, quando em 1937 promoveu o treino intensivo de candidatos para o pessoal do ar da recém-nascida D.E.T.A., se deixou contaminar pelo entusiasmo geral que ele próprio incutia naquele punhado de rapazes e resolveu tirar também o “brevet” de piloto.
Iniciou os seus treinos sob a vigilância do único piloto comercial de então, Manuel Maria Rocha, e os seus progressos foram tão rápidos que, perante a admiração do próprio instrutor cedo começou a voar “a solo”.
Nessa ocasião, porém, descobriu-se que os regulamentos aéreos de 1918 em vigor em Portugal não permitiam a concessão de licenças para pilotos a indivíduos que houvessem sofrido determinadas operações entre elas a da vesícula.
Estava neste caso o Sr. Engº Pinto Teixeira que com grande tristeza teve de abandonar a ideia; mas o seu entusiasmo pela D.E.T.A. não diminuiu, antes pelo contrário aumentou como nos mostra a história da sua administração dos C.F.M.

Fotos e texto de Cristina Pinto Teixeira, neta do Major Pinto Teixeira, que
está a compilar um livro sobre a vida do avô.

162-Aviões civis atingidos na albufeira de Cahora Bassa


A aeronave C9-APQ (ex: CR-APQ) , BN2 Islander pilotada pelo Cte. Joaquim M. Craveiro, voando de Fingoé para Tete, distrito de Tete, foi atingida por um "rocket" à vertical do Songo/Cahora Bassa.

Com o impacto o motor direito *desapareceu*, mas o piloto conseguiu aterrar no Songo com o avião a arder.
Este acidente foi em 15 de Agosto de 1979.
*Termo usado pelo Cte. Craveiro.
Informação de Vitor Silva e os dados actualizados por Joaquim Craveiro.
Uma achega do Cte. C. Silva:"Já agora, um acrescento ao acidente do Cte. Craveiro: contam que o avião aterrou no Songo, a arder. Depois de toda a gente sair, ilesa, o comandante voltou, calmamente para trás e viram-no tirar a sua preciosa pasta do cockpit. " 10 Janeiro2007

Ver no artigo 772 a história do acidente contada pelo piloto Joaquim Craveiro. Clicar aqui

Outro acidente





O avião Piper Aztec C9-ALU (ex: CR-ALU), do Cte. Jorge Guerra, da TAT, Transportes Aéreos de Tete, também foi atingido em 1978 em plena albufeira de Cahora Bassa. Não foram encontrados vestígios do avião e dos passageiros.

Nota: O Cte Jorge Guerra era filho do dono dos TAM-Transportes Aéreos da Beira, com o mesmo nome,

Foto tirada por A.R.Hingá.

Dados sobre os aviões da autoria do Cte. Vilhena

161 - Raid Amadora - Guiné - S. Tomé - Angola - Moçambique.


(Clicar neste link)

As fotos são dos Vickers Valparaiso da Aviação Militar, equipados com motor Napier de 450cv. usados no Raid Amadora - Guiné - S. Tomé - Angola - Moçambique.

José Rodrigues sócio do ACB

Neste raid foram usados dois aviões, sendo as tripulações constituídas pelos capitães Paes dos Ramos (Piloto e Comandante da Expedição), Oliveira Viegas (Piloto), tenente João Maria Esteves (Navegador) e o primeiro-sargento Manuel António (Mecânico).

Esta viagem ocorreu em 1928, partiram da Amadora a 9 de Outubro, chegaram à Beira em 19 de Outubro e a Lourenço Marques a 26 desse mês.

Como curiosidade refira-se que estes aviões realizaram o primeiro correio aéreo em Moçambique, desde a Beira a Lourenço Marques.

Levaram cartas e postais para Inhambane e Lourenço Marques, tendo largado do ar, uma mala postal no Buzi, por falta de local para a aterragem.

Por último os aviões Vickers tinham o nº 1 e 2 pintado na fuselagem.

Estas fotos foram-me oferecidas por Maria Manuel, filha de José Rodrigues, um dos sócios mais antigos do Aeroclube da Beira. Foram tiradas no aeródromo Pais Ramos, da cidade da Beira, em 1928.

Texto do Cte. Vilhena.


03/12/06

160-CR-ABM- M. A. Godinho / Aeroclube da Beira / Destruido a 22/01/1956

156 - Arnaldo G. Duarte Silva, do Aeroclube de Nampula


Arnaldo G. Duarte Silva, sócio nº. 1, do Aeroclube de Nampula

Fotos do Cte. Duarte Silva, piloto do Aeroclube de Nampula, enviadas pela filha Luísa Duarte Silva Oliveira

01/12/06

155- Aviões da DETA no aerodrómo de António Enes




A primeira vez que andei de avião, foi nos fins do ano 1966, ou princípio do ano 1967. O percurso foi:
Beira/Quelimane em F27 – Friendship
Quelimane/António Enes, em DC-3, devido a que os F27 não podiam aterrar em António Enes.
. Estas fotos enviadas pelo Professor Raul Ferrão, parapatense de honra, avivaram as minhas memórias da adolescência.
Obrigada.

154 - Cancelado




153- 1º. Friendship no aerodrómo de *António Enes*

Matricula: CR-AIC Operador: DETA

**António Enes actualmente chama-se Angoche.
Foto gentilmente cedida pelo Prof. Raúl Ferrão.

28/11/06

152-Acidente de um avião da DETA



Este acidente já foi referido no artigo  11. Clicar nos números.

Fotos do Cte Francisco Pinto Teixeira, enviadas pela sobrinha Cristina Pinto Teixeira, que deixou este comentário:
Acabei de entrar neste blog e acho que deveria dizer algo sobre o acidente que vitimou o meu tio Francisco Pinto Teixeira. Não o cheguei a conhecer, mas ele era o irmão mais velho do meu pai. Sempre ouvi falar deste acidente em que todos culpam o meu avô, Francisco Pinto Teixeira, por ter obrigado o meu tio a voar. Para quem conheceu o meu avô sabe bem que ele era uma pessoa muito rigorosa e nós família mais chegada tínhamos sempre que dar o exemplo, o que por vezes traz grandes desgostos. Realmente ele sentia-se culpado da morte do meu tio, mas tudo não passou de um grande acidente, pois ninguém deseja a morte a um filho. Anos mais tarde foi dado o nome de meu avô ao aeroporto de Quelimane, ele fez um discurso tal que quando chegou a L.M. já o esperava uma ambulância pois ele estava mesmo mal. Tenho vários recortes de jornal sobre estes acontecimentos, assim como fotos do meu tio Francisco. Existe também um álbum de fotos sobre a vida do meu tio, vou tentar ver se o consigo passar no scanner e assim poder enviar.
Há uns anos atrás o Aero Clube de Moçambique fez uma comemoração onde voltaram a pôr o busto do meu avô e várias fotos (tenho cópias) Também foi dado o nome do meu avô a um avião do Aero Clube, isto aconteceu em 2002.
Um abraço
Cristina Pinto Teixeira

Luis Pinto Teixeira disse nos comentários
Sou sobrinho do Francisco Pinto Teixeira (Xico) de que muito se fala neste Blog no que se relaciona com o acidente de aviação do Lockheed “LIMPOPO” em Quelimane em 23 Fevereiro de 1944.
Tenho várias fotografias dessa época, inclusive fotografias do acidente propriamente dito, mas não sei como as enviar para si, para posteriormente as pôr neste Blog.
Ainda hoje se fala muito nesse acidente, e criticam o meu Avô, mas a verdade seja dita, o meu Avô pessoa que era, muito muito exigente, nunca iria por em risco a vida do seu filho, ou de quem quer que seja.
Liderava por exemplo, e tinha toda a confiança nos técnicos engenheiros da DETA, e tenho a certeza de que se estes o tivessem recomendado ou alertado de que os aviões deveriam parar de voar por razões de segurança, ele teria de imediato mandado cancelar quaisquer voos.
Convivi muito com o meu Avô até aos meus 15 anos, altura em que depois fui estudar para a Africa do Sul 1975, e sei bem do que estou a falar.
Passei horas sem fim e falar com ele e a ouvir as histórias da sua vida, desde a sua campanha no Norte de África durante a primeira guerra Mundial, até a sua vinda para África, primeiro Angola e depois mais tarde Moçambique, para aonde veio numa comissão de 5 anos e acabou ficando sensivelmente 50 anos.
Sempre foi uma pessoa correcta e justa nos seus postos de chefia e ainda hoje em Moçambique beneficiamos do seu trabalho, zelava muito pelos interesses dos trabalhadores e famílias, afectos aos seus ofícios.
O meu Pai Alberto Pinto Teixeira, já falecido, estava já nessa altura também a tirar o curso de piloto aviador, mas foi aconselhado pelos médicos a desistir, após o acidente do irmão, uma vez que este acidente afectou muito os meus Avós.
Ficou-lhe essa mágoa de não poder continuar o curso, pelo resto dos seus dias.
Gostaria sempre que possível de contribuir para este Blog, uma vez que também tenho muito interesse na aviação em Moçambique, por razões obvias.
Regressei a esta nossa linda terra em 1992, e por cá penso ficar e descansar os meus ossos.