O Voando em Moçambique é um pequeno tributo à História da Aviação em Moçambique. Grande parte dos seus arquivos desapareceram ou foram destruídos e o que deles resta, permanecem porventura silenciosos nas estantes de muitos dos seus protagonistas. A História é feita por todos aqueles que nela participaram. É a esses que aqui lançamos o nosso apelo, para que nos deixem o seu contributo real, pois de certo possuirão um espólio importante, para que a História dessa Aviação se não perca nos tempos e com ela todos os seus “heróis”. As gerações futuras de certo lhes agradecerão. Muitos desses verdadeiros heróis, ilustres aventureiros desconhecidos, souberam desafiar os perigos de toda a ordem, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes, em condições meteorológicas adversas, quais “gloriosos malucos das máquinas voadoras”. Há que incentivar todos aqueles que ainda possuam dados e documentos que possam contribuir para que essa História se faça e se não extinga com eles, que os publiquem, ou que os cedam a organizações que para isso estejam vocacionadas. A nossa gratidão a todos aqueles que ao longo dos tempos se atreveram e tiveram a coragem de escrever as suas “estórias” e memórias sobre a sua aviação. Só assim a História da Aviação em Moçambique se fará verdadeiramente, pois nenhum trabalho deste género é suficientemente exaustivo e completo. A todos esses ilustres personagens do nosso passado recente que contra tudo e todos lutaram para que essa história se fizesse, a nossa humilde e sincera homenagem.

A eles dedicamos estas linhas.

José Vilhena e Maria Luísa Hingá

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Quem tiver fotos e/ou documentos sobre a Aviação em Moçambique e os queira ver publicados neste blogue, pode contactar-me pelo e-mail:lhinga@gmail.com

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18/11/11

761 - TAN - Transportes Aéreos do Niassa

Inicia as suas operações com base em Vila Cabral a 1 de Setembro de 1968, contando para o efeito com cinco pilotos: Vitor Silva, C. Rodrigues, Leiria, Pinto e Lourenço.

Entre os seus accionistas iniciais estiveram Pio Alberto de Miranda Cabral, Luis de Miranda Cabral, Durval da Cruz e Silva, João Ventura Parreira, José João de Figueiredo Dionísio e Vitor Manuel Gonçalves da Silva.

Com uma frota inicial composta por dois bimotores Piper Aztec (CR-AHI e CR-AJA), passa a contar a partir de Agosto de 1969 com mais uma unidade deste tipo, o CR-AKQ.

Desafiando todos os obstáculos cria logo no seu inicio uma rede de operações que cobria 10.000 quilómetros de carreiras regulares, conseguidas com material algo obsoleto, um deficiente sistema de comunicações e pistas mal preparadas para uma operação segura.

Graças à tenacidade e teimosia dos seus responsáveis, a TAN consegue impor-se como um parceiro credível a todos os seus passageiros, civis ou militares.

A 11 de Abril de 1970 é uma das fundadoras do grupo EMAC – Empresa Moçambicana de Aviação Comercial SARL, por escritura publicada no Boletim Oficial da Província nº 32 – III Série, contado a partir daí com o suporte fundamental que este grupo lhe passou a dar.

Em 1971 é substituído o Piper Aztec CR-AHI pelo BN-2A-3 Islander CR-AMS proveniente da fábrica.

Ainda nesse ano são usados três BN-2A Islander CR-ALQ, CR-ALR e CR-ALS, pertencentes à EMAC.

Novos pilotos passam pelos seus quadros a partir de 1972, Artur Cardoso, F. Braga, Relvas, Águas, Pinto Ferreira, Lima, Fernandes e Fernando Subtil.

Em 1976 e após a independência de Moçambique, foi a empresa integrada na COMAG - Companhia Moçambicana de Aviação Geral.








CR-AMS


CR-AHI
CR-AHI - Foto enviada por Nuno Calhau
CR-AHI - Foto enviada por Nuno Calhau 
CR-AHI - Foto enviada por Victor Silva
CR-AJA. Foto de Joaquim Santos
Aterragem “sem trem” em Révia. Piloto Com.Rodrigues (Marinha)
Piper PA-23 Aztec 250B "CR-AJA"

CR-AJA
Aterragem “sem trem” em Révia. Piloto Com.Rodrigues (Marinha)
Piper PA-23 Aztec 250B "CR-AJA"
 Aterragem “sem trem” em Révia. Piloto Com.Rodrigues (Marinha)
Piper PA-23 Aztec 250B "CR-AJA"
Aterragem “sem trem” em Révia. Piloto Com.Rodrigues (Marinha)
Piper PA-23 Aztec 250B "CR-AJA"

CR-AJA

 Aeródromo de Vila Cabral

Aztec da TAN (Transportes Aéreos do Niassa) CR-AKQ albarroando a casota do lubrificantes da Shell em Vila Cabral
No ponto fixo matinal, no dia 5 de Junho de 1970, o mecânico altamente qualificado da FAP Adelino Jorge Martins Barros, depois de arrancar os motores, retirou os calços do avião que iniciou imediatamente uma rolagem relativamente lenta.
Tentou segurá-lo à mão, mas não conseguiu. Um dos hélices decepou-lhe o braço e a perna do lado direito do corpo.
A rolagem prosseguiu sem ninguém aos comandos, indo o avião embater na casota dos combustíveis e lubrificantes. Foi uma tragédia.
Fotos de Vítor Silva
Texto de Vítor Silva e Fernando Urgel Antunes


BN-2A-3 Islander "CR-AMS"
Segundo Vítor Silva o CR-AMS era tripulado (90% de certeza) pelo Artur Cardoso (o piloto mais internacional da TAN).
Dados de Cte. José Vilhena Foto de Vítor Silva

BN-2A-3 Islander "CR-AMS"






BN-2A. Foto de Simões Fernandes Manuel
 Aeródromo de Vila Cabral. Foto cedida por: Rui Campos


CR-AMS - BN2A-3 Islander

CR-AHI
Foto de Miguel Vinagre.
Piper PA-23 Aztec 250 "CR-AHI"e a aterrar o CR-AJH da CASS
Foto enviada por Nuno Calhau
BN-2A-8 Islander "CR-ANJ"
Espólio de António Mathias
Piper PA-23 Aztec 250D "CR-AKV"
Espólio de António Mathias
Piper PA-23 Aztec 250D "CR-AKV"
Piper PA-23 Aztec "CR-ANI" nas Quirimbas
Foto de Pedro Mathias
Piper PA-23 Aztec "CR-ANI" nas Quirimbas
Foto de Pedro Mathias

Piper PA-23 Aztec "CR-ANI" nas Quirimbas
Foto de Pedro Mathias
Piper PA-23 Aztec "CR-ANI" nas Quirimbas
Foto de Pedro Mathias
Piper PA-23 Aztec "CR-ANI" nas Quirimbas
Foto de Pedro Mathias
  BN-2A-8 Islander "CR-ANJ" em Vila Cabral
Foto de Pedro Mathias
 Piper PA-23 Aztec 250E "CR-ANI" (Inhaca)
Foto de Pedro Mathias
Piper PA-23 Aztec "CR-ANI" e "CR-AKV (Porto Amélia)
Foto de Pedro Mathias
 Piper PA-23 Aztec "CR-ANI" e "CR-AKV (Porto Amélia)
Foto de Pedro Mathias





14/11/11

760 - ETAPA - Empresa de Transportes Aéreos de Porto Amélia



Criada em 1968 por Rolando Mendes, substituiu a OCAPA – Organização de Carreiras Aéreas de Porto Amélia por extinção desta última.
Iniciou as suas operações com dois mono motores que rapidamente foram substituídos por bimotores, equipamento mais adequado para a sua operação.
Fazia parte do grupo EMAC – Empresa Moçambicana de Aviação Comercial SARL, conjuntamente com a TAZ – Transportes Aéreos da Zambézia, TAC – Transportes Aéreos Comerciais e TAN – Transportes Aéreos do Niassa.
Um grave acidente ocorreu a 29 de Março de 1974 em Mueda perdendo nele a vida o piloto Carlos Machado da Cruz e a aeronave Rockwell 500S Shrike Commander “CR-AOC”.
Fizeram parte dos seus quadros os pilotos: Rolando Mendes, Olímpio Craveiro, Nuno Figueiredo, José Bacelar, José Quental, Sá Marques, Guilhermino Silva, José Eduardo, Ribeiro, Carlos Machado da Cruz, Joaquim Craveiro, Artur Cardoso, Cunha Alegre, Fernando Azevedo, Eva Vaz e António Coelho.
Em 1976 e após a independência de Moçambique, foi a empresa integrada na COMAG - Companhia Moçambicana de Aviação Geral.






CR-AKD

CR-AKL

CR-AMG

CR-AOO-Foto de Luís Rebelo

CR-AQK-Foto de Luís Rebelo

CR-AKD em Nangolo (1970) - Foto de João Ribeiro Silva


Foto enviada por António Coelho, autor da foto desconhecido.
CR-AMV - BN-2A Islander
Foto de António Sá
CR-AMV - BN-2A Islander
Foto de António Sá
 Beechcraft 58 Baron "CR-AQK"
Espólio de António Mathias
 Rockwell 500S Shrike Commander
Destruido em Mueda a 29/03/1974 / Piloto Carlos Fernando Machado da Cruz (Pachancho)
Espólio de António Mathias
Rockwell 500S Shrike Commander "CR-AOO"
Espólio de António Mathias
Beechcraft 58 Baron "CR-AQK"
Espólio de António Mathias
Cte. Olimpio Craveiro
Cte. Olimpio Craveiro 

Carlos Machado da Cruz
@ForEver Pemba.
Carlos Machado da Cruz
@ForEver Pemba.
Carlos Machado da Cruz
@ForEver Pemba.
Cte. José Eduardo Jesus