“Jornal Noticias de Lço Marques”
DETA, são as inicias das asas que cobrem Moçambique em todos os sentidos e todos os dias, contribuindo de forma marcável para o progresso económico desta parcela de Portugal. DETA são letras de que a Província inteira se orgulha, admira e estima.
Pioneira da aviação comercial em Portugal, a DETA (como é conhecida a Divisão de Exploração de Transportes Aéreos da Direcção dos Serviços de Caminhos de Ferro, Portos e Transportes de Moçambique) festeja presentemente os 25 anos da sua existência.
É uma data feliz para toda a Província, que a vive com o mesmo entusiasmo e carinho que certamente envolverá os homens que a conceberam, realizaram, tornaram grande, em seguimento a um ideal que tinha como base a finalidade de servir.
Recordamos, contudo, neste momento os verdadeiros obreiros da DETA, aqueles que lhe deram forma, atirando para os céus de Moçambique as suas asas que são sinónimo de vida e progresso. Justo destacar, em primeiro lugar, a figura nº 1; Eng. Francisco dos Santos Pinto Teixeira, felizmente ainda vivo, e que neste momento tem todo o direito de se sentir vaidoso. Foi ele que, rodeado por outros homens de têmpera rija, quantos deles já desaparecidos da vida, soube querer e vencer. A ele são devidas neste momento, as mais rendidas homenagens de toda a população desta terra.
Esses homens e raparigas, quase todos milionários do ar, que quantas vezes, mesmo com o sacrifício de horas em excesso, estão presentes no cumprimento dum dever. Eles mesmo que ganharam há muito o carinho e a amizade de todos aqueles que voam na DETA, seguros e quase certos de serem conduzidos sem perigo a bom rumo.
Recordam-se neste momento de festa, outras figuras a quem a DETA deve a sua existência, que é uma das portentosas realidades de Moçambique. E um nome, o do
Tenente-Coronel Pinho da Cunha, sobressai, por ter sido o primeiro homem que pegou no leme da grande organização aérea, para a conduzir, como seu chefe que foi durante alguns anos, até hoje.
Faz 25 anos, a DETA. Um quarto de século de trabalho e de fé num Moçambique cada vez maior. Olhando para trás, sente-se todo um longo rasto de caminho que representa dever cumprido. E, pondo os olhos bem em frente, na senda do futuro que está para ser vencido, muito mais se verá para além do imenso que está feito.
Tal como os homens antigos que fizeram a DETA e a continuaram ao longo de um quarto de século, os actuais também saberão cumprir o seu dever.
Texto e fotos de Cristina Pinto Teixeira
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