O Voando em Moçambique é um pequeno tributo à História da Aviação em Moçambique. Grande parte dos seus arquivos desapareceram ou foram destruídos e o que deles resta, permanecem porventura silenciosos nas estantes de muitos dos seus protagonistas. A História é feita por todos aqueles que nela participaram. É a esses que aqui lançamos o nosso apelo, para que nos deixem o seu contributo real, pois de certo possuirão um espólio importante, para que a História dessa Aviação se não perca nos tempos e com ela todos os seus “heróis”. As gerações futuras de certo lhes agradecerão. Muitos desses verdadeiros heróis, ilustres aventureiros desconhecidos, souberam desafiar os perigos de toda a ordem, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes, em condições meteorológicas adversas, quais “gloriosos malucos das máquinas voadoras”. Há que incentivar todos aqueles que ainda possuam dados e documentos que possam contribuir para que essa História se faça e se não extinga com eles, que os publiquem, ou que os cedam a organizações que para isso estejam vocacionadas. A nossa gratidão a todos aqueles que ao longo dos tempos se atreveram e tiveram a coragem de escrever as suas “estórias” e memórias sobre a sua aviação. Só assim a História da Aviação em Moçambique se fará verdadeiramente, pois nenhum trabalho deste género é suficientemente exaustivo e completo. A todos esses ilustres personagens do nosso passado recente que contra tudo e todos lutaram para que essa história se fizesse, a nossa humilde e sincera homenagem.

A eles dedicamos estas linhas.

José Vilhena e Maria Luísa Hingá

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Quem tiver fotos e/ou documentos sobre a Aviação em Moçambique e os queira ver publicados neste blogue, pode contactar-me pelo e-mail:lhinga@gmail.com

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06/12/06

164-25º Aniversário da DETA






A Assinalar hoje um Aniversário de alto significado para MOÇAMBIQUE
“Jornal Noticias de Lço Marques”

DETA, são as inicias das asas que cobrem Moçambique em todos os sentidos e todos os dias, contribuindo de forma marcável para o progresso económico desta parcela de Portugal. DETA são letras de que a Província inteira se orgulha, admira e estima.

Pioneira da aviação comercial em Portugal, a DETA (como é conhecida a Divisão de Exploração de Transportes Aéreos da Direcção dos Serviços de Caminhos de Ferro, Portos e Transportes de Moçambique) festeja presentemente os 25 anos da sua existência.
É uma data feliz para toda a Província, que a vive com o mesmo entusiasmo e carinho que certamente envolverá os homens que a conceberam, realizaram, tornaram grande, em seguimento a um ideal que tinha como base a finalidade de servir.
Recordamos, contudo, neste momento os verdadeiros obreiros da DETA, aqueles que lhe deram forma, atirando para os céus de Moçambique as suas asas que são sinónimo de vida e progresso. Justo destacar, em primeiro lugar, a figura nº 1; Eng. Francisco dos Santos Pinto Teixeira, felizmente ainda vivo, e que neste momento tem todo o direito de se sentir vaidoso. Foi ele que, rodeado por outros homens de têmpera rija, quantos deles já desaparecidos da vida, soube querer e vencer. A ele são devidas neste momento, as mais rendidas homenagens de toda a população desta terra.

É o Eng. Pinto Teixeira que felicitamos especialmente neste dia, e na sua pessoa, todo o pessoal da DETA, desde o seu Chefe, Tenente-coronel Silva Pais, até ao mais modesto operário das suas oficinas. Nele saudamos duma forma especial o pessoal do ar, aqueles que conduzem em segurança milhares de pessoas que todos os dias são transportadas entre o extremo-norte de Moçambique, Mocímboa da Praia, e o extremo-sul, Lourenço Marques.
Esses homens e raparigas, quase todos milionários do ar, que quantas vezes, mesmo com o sacrifício de horas em excesso, estão presentes no cumprimento dum dever. Eles mesmo que ganharam há muito o carinho e a amizade de todos aqueles que voam na DETA, seguros e quase certos de serem conduzidos sem perigo a bom rumo.
Recordam-se neste momento de festa, outras figuras a quem a DETA deve a sua existência, que é uma das portentosas realidades de Moçambique. E um nome, o do




Tenente-Coronel Pinho da Cunha, sobressai, por ter sido o primeiro homem que pegou no leme da grande organização aérea, para a conduzir, como seu chefe que foi durante alguns anos, até hoje.
Faz 25 anos, a DETA. Um quarto de século de trabalho e de fé num Moçambique cada vez maior. Olhando para trás, sente-se todo um longo rasto de caminho que representa dever cumprido. E, pondo os olhos bem em frente, na senda do futuro que está para ser vencido, muito mais se verá para além do imenso que está feito.
Tal como os homens antigos que fizeram a DETA e a continuaram ao longo de um quarto de século, os actuais também saberão cumprir o seu dever.

Texto e fotos de Cristina Pinto Teixeira




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