

O Voando em Moçambique é um pequeno tributo à História da Aviação em Moçambique. Grande parte dos seus arquivos desapareceram ou foram destruídos e o que deles resta, permanecem porventura silenciosos nas estantes de muitos dos seus protagonistas. A História é feita por todos aqueles que nela participaram. É a esses que aqui lançamos o nosso apelo, para que nos deixem o seu contributo real, pois de certo possuirão um espólio importante, para que a História dessa Aviação se não perca nos tempos e com ela todos os seus “heróis”. As gerações futuras de certo lhes agradecerão. Muitos desses verdadeiros heróis, ilustres aventureiros desconhecidos, souberam desafiar os perigos de toda a ordem, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes, em condições meteorológicas adversas, quais “gloriosos malucos das máquinas voadoras”. Há que incentivar todos aqueles que ainda possuam dados e documentos que possam contribuir para que essa História se faça e se não extinga com eles, que os publiquem, ou que os cedam a organizações que para isso estejam vocacionadas. A nossa gratidão a todos aqueles que ao longo dos tempos se atreveram e tiveram a coragem de escrever as suas “estórias” e memórias sobre a sua aviação. Só assim a História da Aviação em Moçambique se fará verdadeiramente, pois nenhum trabalho deste género é suficientemente exaustivo e completo. A todos esses ilustres personagens do nosso passado recente que contra tudo e todos lutaram para que essa história se fizesse, a nossa humilde e sincera homenagem.
A eles dedicamos estas linhas.
José Vilhena e Maria Luísa Hingá
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Quem tiver fotos e/ou documentos sobre a Aviação em Moçambique e os queira ver publicados neste blogue, pode contactar-me pelo e-mail:lhinga@gmail.com
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Por motivos alheios algumas das imagens não abrem no tamanho original. Nesse caso podem selecionar “abrir imagem num novo separador” ou “Guardar imagem como…”.
Transcrevo o comentário deixado por Carlos Brites.
Foto dos anos 50 tirada de um livro sobre a Sena Sugar Estates e que representa a chegado do avião ao Luabo.
"Junto uma foto que poderá publicar no seu blog de um avião da TAZ que era usualmente pilotado pelo Comandante Faria, de Vila Junqueiro. A foto foi tirada no antigo aeroporto de Quelimane. Conheci muito bem todos os pilotos da TAZ.Cruzeiro Aéreo às Colónias
Extraído do Jornal Noticias – 30 de Janeiro de 1936
Coronel Cifka Duarte, comandante do cruzeiro, pronunciando ao microfone algumas palavras de saudação á população.
Os aviões na formação com que chegaram ao campo de aviação . Ao centro, o Sr. Coronel Cifka Duarte, entre o Presidente da Câmara Municipal, Sr. Engenheiro Pinto Teixeira, e o Sr. Tenente-Coronel Verdades de Miranda, presidente da Comissão Organizadora da recepção aos aviadores.











É o Eng. Pinto Teixeira que felicitamos especialmente neste dia, e na sua pessoa, todo o pessoal da DETA, desde o seu Chefe, Tenente-coronel Silva Pais, até ao mais modesto operário das suas oficinas. Nele saudamos duma forma especial o pessoal do ar, aqueles que conduzem em segurança milhares de pessoas que todos os dias são transportadas entre o extremo-norte de Moçambique, Mocímboa da Praia, e o extremo-sul, Lourenço Marques.
E um nome, o do

Também foi dado o nome do meu avô a um avião do Aeroclube de Moçambique, em Maputo a 

O avião Piper Aztec C9-ALU (ex: CR-ALU), do Cte. Jorge Guerra, da TAT, Transportes Aéreos de Tete, também foi atingido em 1978 em plena albufeira de Cahora Bassa. Não foram encontrados vestígios do avião e dos passageiros.
José Rodrigues sócio do ACB

Neste raid foram usados dois aviões, sendo as tripulações constituídas pelos capitães Paes dos Ramos (Piloto e Comandante da Expedição), Oliveira Viegas (Piloto), tenente João Maria Esteves (Navegador) e o primeiro-sargento Manuel António (Mecânico).
Esta viagem ocorreu em 1928, partiram da Amadora a 9 de Outubro, chegaram à Beira em 19 de Outubro e a Lourenço Marques a 26 desse mês.
Como curiosidade refira-se que estes aviões realizaram o primeiro correio aéreo em Moçambique, desde a Beira a Lourenço Marques.
Levaram cartas e postais para Inhambane e Lourenço Marques, tendo largado do ar, uma mala postal no Buzi, por falta de local para a aterragem.
Por último os aviões Vickers tinham o nº 1 e 2 pintado na fuselagem.
Texto do Cte. Vilhena.
Fotos do Cte. Duarte Silva, piloto do Aeroclube de Nampula, enviadas pela filha Luísa Duarte Silva Oliveira


**António Enes actualmente chama-se Angoche.

