O Voando em Moçambique é um pequeno tributo à História da Aviação em Moçambique. Grande parte dos seus arquivos desapareceram ou foram destruídos e o que deles resta, permanecem porventura silenciosos nas estantes de muitos dos seus protagonistas. A História é feita por todos aqueles que nela participaram. É a esses que aqui lançamos o nosso apelo, para que nos deixem o seu contributo real, pois de certo possuirão um espólio importante, para que a História dessa Aviação se não perca nos tempos e com ela todos os seus “heróis”. As gerações futuras de certo lhes agradecerão. Muitos desses verdadeiros heróis, ilustres aventureiros desconhecidos, souberam desafiar os perigos de toda a ordem, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes, em condições meteorológicas adversas, quais “gloriosos malucos das máquinas voadoras”. Há que incentivar todos aqueles que ainda possuam dados e documentos que possam contribuir para que essa História se faça e se não extinga com eles, que os publiquem, ou que os cedam a organizações que para isso estejam vocacionadas. A nossa gratidão a todos aqueles que ao longo dos tempos se atreveram e tiveram a coragem de escrever as suas “estórias” e memórias sobre a sua aviação. Só assim a História da Aviação em Moçambique se fará verdadeiramente, pois nenhum trabalho deste género é suficientemente exaustivo e completo. A todos esses ilustres personagens do nosso passado recente que contra tudo e todos lutaram para que essa história se fizesse, a nossa humilde e sincera homenagem.

A eles dedicamos estas linhas.

José Vilhena e Maria Luísa Hingá

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Quem tiver fotos e/ou documentos sobre a Aviação em Moçambique e os queira ver publicados neste blogue, pode contactar-me pelo e-mail:lhinga@gmail.com

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Por motivos alheios algumas das imagens não abrem no tamanho original. Nesse caso podem selecionar “abrir imagem num novo separador” ou “Guardar imagem como…”.

27/02/07

238-Cte. Álvaro Nogueira da DETA

O Cte. Álvaro Nogueira com a primeira farda da DETA. O Cte. Já foi referido nos artigos 7, 46 e 215.


Foto e texto seguinte enviados pela sobrinha e minha querida Amiga, Mª. Elizabete Nogueira Alves Brás

UM SONHO DESFEITO. O CÉU ERA A SUA META. LOGO QUE A IDADE LHE PERMITIU, TIROU O BREVET PARTICULAR EM ALVERCA, MAS DECIDIU VOAR MAIS ALTO. COM 25 ANOS, JÁ EM MOÇAMBIQUE ONDE TRABALHAVA NOS CAMINHOS DE FERRO QUE O SEU SONHO SE CONCRETIZOU AO INGRESSAR COMO PILOTO PIONEIRO NA AINDA JOVEM Iª COMPANHIA AÉREA COMERCIAL- DETA.
VOAVA FELIZ COMO UM PASSARINHO, MAS…EM I959, POR CONTINGÊNCIAS DA VIDA E NÃO POR SUA VONTADE, CORTARAM-LHE AS ASAS.... E TEVE DE SE DESPEDIR DA SUA DETA. PERSEGUIU O SEU SONHO DE JOVEM, LEVANTANDO A CABEÇA E CONTINUOU VOANDO NOS CÉUS DE ANGOLA E ÁFRICA DO SUL.
EM 16 DE JANEIRO DE 2004, PARTIU NA SUA ÚLTIMA VIAGEM E AO SER RECORDADO, COMOVO-ME AO LEMBRAR AINDA OS MEUS TEMPOS DE CRIANÇA EM QUE PASSEAVA AO SEU LADO, ENVERGANDO AQUELA FARDA TÃO BONITA! PARECIA UM ARTISTA DE CINEMA, PENSAVA EU TODA VAIDOSA.
MUITAS SAUDADES DA SOBRINHA E AFILHADA
Mª ELISABETE NOGUEIRA A. BRÁS


1 comentário:

César Morais disse...

Esta informação sobre o Cte.Nogueira é a única, sobre ele, a que até hoje tive acesso. A minha gratidão e homenagem a quem nos "manteve vivos" naquele "incidente" do Junker na Lagoa Pati.
Um forte abraço amigo à Mª.Elisabete (e à Luisa Hingá que nos proporciona estes "momentos")
César Morais