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Foto e comentário de Garth Hamilton, filho de Dion Hamilton, já referido neste blog.
O Voando em Moçambique é um pequeno tributo à História da Aviação em Moçambique. Grande parte dos seus arquivos desapareceram ou foram destruídos e o que deles resta, permanecem porventura silenciosos nas estantes de muitos dos seus protagonistas. A História é feita por todos aqueles que nela participaram. É a esses que aqui lançamos o nosso apelo, para que nos deixem o seu contributo real, pois de certo possuirão um espólio importante, para que a História dessa Aviação se não perca nos tempos e com ela todos os seus “heróis”. As gerações futuras de certo lhes agradecerão. Muitos desses verdadeiros heróis, ilustres aventureiros desconhecidos, souberam desafiar os perigos de toda a ordem, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes, em condições meteorológicas adversas, quais “gloriosos malucos das máquinas voadoras”. Há que incentivar todos aqueles que ainda possuam dados e documentos que possam contribuir para que essa História se faça e se não extinga com eles, que os publiquem, ou que os cedam a organizações que para isso estejam vocacionadas. A nossa gratidão a todos aqueles que ao longo dos tempos se atreveram e tiveram a coragem de escrever as suas “estórias” e memórias sobre a sua aviação. Só assim a História da Aviação em Moçambique se fará verdadeiramente, pois nenhum trabalho deste género é suficientemente exaustivo e completo. A todos esses ilustres personagens do nosso passado recente que contra tudo e todos lutaram para que essa história se fizesse, a nossa humilde e sincera homenagem.
A eles dedicamos estas linhas.
José Vilhena e Maria Luísa Hingá
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Quem tiver fotos e/ou documentos sobre a Aviação em Moçambique e os queira ver publicados neste blogue, pode contactar-me pelo e-mail:lhinga@gmail.com
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Por motivos alheios algumas das imagens não abrem no tamanho original. Nesse caso podem selecionar “abrir imagem num novo separador” ou “Guardar imagem como…”.
Carlos Borges Delgado Júnior (esq.) um dos primeiros pilotos da DETA , fotografado com José Maria Pires do Vale.
Nos finais de 1936 foram enviados para a África do Sul, mais precisamente para o Witwatersrand Technical College´s School of Aviation, os alunos-pilotos Gabriel da Visitação Zoio, Carlos Borges Delgado Júnior e José Maria Pires do Vale, além dos mecânicos/rádio telegrafistas Albino Duarte Lopes, José Monteiro Júnior, José Amado Neves, Francisco Ernesto Barroso, Virgílio Peixoto e Francisco Emanuel Leite Fragoso.
O objectivo consistia na obtenção da licença de piloto de transporte público. Foi seu instrutor o Capitão E. M. Donnelly e terminaram o curso em finais de 1937.
Borges Delgado foi posteriormente chefe de tráfego da DETA entre 1943 e 1956, continuando a voar como piloto. Atingiu as 9.000 horas de voo antes de se retirar definitivamente da aviação.
Foto e comentários do Cte. José Vilhena.
Para a sobrinha Marocas. O Seu Tio já foi referido noutros artigos (143, 267 e 330). Fico a aguardar as possíveis preciosidades do espólio aeronáutico do seu Tio.
Obrigada
Luísa
Onde se presume que o esquema de pintura da cauda dos aviões da TAZ era as 4 listas horizontais paralelas, não é completamente correcto. Foi de facto assim durante alguns anos. Os aviões azuis claro ou de 2 tons e as 4 listas em azul-escuro. Os CR-AHI e CR-AJA que a Taz vendeu à TAN eram assim e assim se mantiveram até porque o sócio maioritário da TAN era a TAZ.
É minha convicção que o Aztec do item 349 é o CR-AJA da TAN (aquele esquema de pintura na fuselagem frontal só foi usado neste avião e com as necessárias adaptações por o nariz ser mais curto, no CR-AHI.
Comentários de Cte. Vitor Silva
Imprimi a fotografia mandei ao Rolando Mendes para tirar a limpo umas dúvidas. Por telefone disse – me o seguinte:
O piloto do Comanche era ele próprio, na fotografia frente à asa direita, de costas e mãos na anca .
Informou também que este avião foi comprado à TAM pela sua empresa (TAC- Nampula) depois de algum tempo ao serviço da TAC.
Ficaram assim esclarecidas as minhas dúvidas, pois não percebia como podia operar em Cabo-Delgado num voo local (Mocimboa – Muidumbe) um avião duma empresa com sede na Beira (TAM).