O Voando em Moçambique é um pequeno tributo à História da Aviação em Moçambique. Grande parte dos seus arquivos desapareceram ou foram destruídos e o que deles resta, permanecem porventura silenciosos nas estantes de muitos dos seus protagonistas. A História é feita por todos aqueles que nela participaram. É a esses que aqui lançamos o nosso apelo, para que nos deixem o seu contributo real, pois de certo possuirão um espólio importante, para que a História dessa Aviação se não perca nos tempos e com ela todos os seus “heróis”. As gerações futuras de certo lhes agradecerão. Muitos desses verdadeiros heróis, ilustres aventureiros desconhecidos, souberam desafiar os perigos de toda a ordem, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes, em condições meteorológicas adversas, quais “gloriosos malucos das máquinas voadoras”. Há que incentivar todos aqueles que ainda possuam dados e documentos que possam contribuir para que essa História se faça e se não extinga com eles, que os publiquem, ou que os cedam a organizações que para isso estejam vocacionadas. A nossa gratidão a todos aqueles que ao longo dos tempos se atreveram e tiveram a coragem de escrever as suas “estórias” e memórias sobre a sua aviação. Só assim a História da Aviação em Moçambique se fará verdadeiramente, pois nenhum trabalho deste género é suficientemente exaustivo e completo. A todos esses ilustres personagens do nosso passado recente que contra tudo e todos lutaram para que essa história se fizesse, a nossa humilde e sincera homenagem.

A eles dedicamos estas linhas.

José Vilhena e Maria Luísa Hingá

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Quem tiver fotos e/ou documentos sobre a Aviação em Moçambique e os queira ver publicados neste blogue, pode contactar-me pelo e-mail:lhinga@gmail.com

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Por motivos alheios algumas das imagens não abrem no tamanho original. Nesse caso podem selecionar “abrir imagem num novo separador” ou “Guardar imagem como…”.

12/09/08

495-Aerodromos de Mueda, Nacala, Nampula, Negomano

**O Islander da EMAC deve ser um dos acima referidos

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Confirmado por Vitor Paz, que trabalhou na DETA em Nacala, que as as fotos 6 e 7 foram lá tiradas.
Obrigada a todos


Deixaram-me este comentário e venho pedir ajuda na identificação dos aerodromos.
"Desculpa ser desmancha-prazeres mas as fotos com legenda Porto Amélia não correspondem à realidade.Não é Porto Amélia. A do Heli e Nord parece Nampula e a do F-27 talvez Nacala...P. Amélia é que não com toda a certeza. Abraço ToCoelho"
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Acerca desta dúvida o Cte. Vítor Silva fez o favor de me mandar este texto:
"Posso garantir sem qualquer espécie de dúvida que a última fotografia ( 8ª ) do item 495 do "Voando" é de facto em Nampula.

Provas:

1ª) -O perfil dos morros a Norte à distância.
2ª) - A pista visível com nitidez, (transversalmente) na totalidade da fotografia.
3ª) - A guarita do AB 5 ( à direita) com o seu perfil característico.
4ª) - Dentro da cerca do AB5 (também à direita), um carrinho de baterias (pat pat) usado para arranque de aviões, pertença da Base.
5ª) - A cauda dum DO-27 (dentro do AB5) que presumo seja o mesmo da foto 3 (foram pelo menos tiradas + ou - à mesma hora).
6ª) - As zonas esbranquiçadas (quadradas ou rectangulares) da placa de estacionamento, resultado de obras de manutenção a que esta foi submetida nos anos 70 e que podem tambem ser vistas nas fotografias 2 e 4.

Notas:
As fotografias 2, 4 e 8 foram tiradas do varandim do bar/restaurante do aeroporto.
A fotografia 3 foi tirada dentro da base, ao nível do terreno o que me leva a supor que provavelmente o fotógrafo era militar.
Em reforço desta teoria, a fotografia nº1, em pleno aeródromo de Mueda enquanto decorre uma operação de abastecimento para o exército, onde se pode dizer que não havia civis (e muito menos dados a arte da fotografia), excepto o CHINA que tambem não tinha máquina fotográfica, mas que em pleno Ramadão aproveitava a chegada dos aviões para vir ao aerodromo petiscar e beber umas cervejas longe da vista dos famíliares que com rigor cumpriam os preceitos do Islão com abstenção total de alcool e chouriço. Portanto só um militar em princípio a podia ter tirado, palpita-me. "
1- Mueda
2- Nampula
3- Nampula 4-CR-AIA em Nampula
5-**O Islander da EMAC em Negomano

6-CR-AIA em Nacala

7-Nacala
8-Nampula

Os meus agradecimentos a Ricardo Quintino que me enviou estas fotos que fazem parte do espólio de um amigo dele, que esteve em Moçambique.
Dados do avião Cte. Vilhena.

6 comentários:

Anónimo disse...

Ola Luisa
Desculpa ser desmancha-prazeres mas as fotos com legenda Porto Amélia não correspondem à realidade.
Não é Porto Amélia.
A do Heli e Nord parece Nampula e a do F-27 talvez Nacala...
P Amélia é que não com toda a certeza.
Abraço

ToCoelho

fado alexandrino. disse...

Grandes documentos.
Porque é que deixou de ser publicada a identificação das aeronaves?
Era um must

Luisa Hingá disse...

Obrigada pelos vossos comentários.
Tó Coelho vou colocar o comentário no artigo para ver então se reconhecem correctamente os aerodromos ...
Um abraço.

Fado alexandrino, também gosto de ver por cá. E tem razão, mas o "identificador" de matriculas esteve de férias... (Pudera com o dinheiro que eu lhe pago...Risos..)e eu vou completar os artigos.
Um abraço.

fado alexandrino. disse...

Eu venho aqui pelos menos uma vez por semana e foi com muita emoção que vi a fotografia do meu amigo Maiô, um ícone de Quelimane.

Luis Grangeia disse...

Estes amigos todos dos taxis aerios em Moçambique no Norte que e o que eu conheço são herois esquecidos.A força aeria fechava a guerra muito cedo e eram estes herois esquecidos que faziam as evacuações e a qualquer hora,sitio e condições.Falo por exemplo do acidente do meu Pai(António Grangeia)foram eles que lhe salvaram a vida e poderia também falar quando da contrução da igreja de Montepuez caiu o andaime e foram eles que salvaram.Concerteza que há muitos mais relatos destes HEROIS DESCONHECIDOS.PENA É QUE ALGUNS JÁ NÃO ESTEJAM ENTRE NÓS P/PODEREM CONTAR VERDADEIRAS HISTORIAS TIPO INDIANA JONES. Um abraço de um Macua/Quimuane de nascença que nunca esquecerá estes aventureiros/salvadores de pessoas e bens.Luis Grangeia filho mais novo do António Grangeia/Mimi da Quissanga e mais tarde Montepuez

Luisa Hingá disse...

Luís Grangeia

Uma das razões do blog foi essa mesmo. Não esquecer os que estiveram ligados à aviação civil em Moçambique.
Obrigada pelas suas palavras.
Luísa