Aeródromo Pais Ramos
Quem se lembra e quem tem fotografias do Aero clube e da “Torre de Controle” deste campo de aviação?
Fernando Loja e Fátima Brites, que era simultâneamente locutora na Emissora do Aero Clube da Beira. (Inf. Carlos Brites, a quem agradeço.)
Especificações:
* Peso máximo: 1.825 libras
* Motor: De Havilland de 120 cavalos.
* Performance: 104 mph/90 Knots
* Velocidade de cruzeiro: 90 mph/ 78 knots
* Tecto máximo: 14.000 pés
* Autonomia: 300 milhas.
* Ano de construção: 1932
No AERO CLUB DA BEIRA havia dois destes tipos de avião.
Foram pilotados por todos os sócios do club, nos anos 50 e 60’s.
Os aviões estavam pintados de vermelho vivo e tinham as asas prateadas.
Lembram-se quando o Mario Gouveia, levou um coronel da Força Aérea da Rhodesia a dar uma volta, e o senhor nâo estava bem amarrado e caiu do avião e foi cair na fabrica de tijolo que havia atrás do Dondo?
Gostaria de saber se as carcaças de estes aviões ainda existem na Beira, seria fantástico reconstruí-los. Tenho uns amigos que se dedicam a isso como hobby.
Bom… Amigos vou ver se encontro outros aviões do Aero Club da Beira, para matar saudades, ou para avivá-las.
CHIPMUNK
No Aero Club tínhamos somente um CHIPMUNK. Era azul e branco. Quem se lembra de voar nele? Lembro-me que ia com o Mário Gouveia para cima dos tandos do Buzi, onde ninguém nos visse, para fazer acrobacia.
Era fantástico, mas algumas vezes ao fazer o “looping,” alguns parafusos das placas do chão, saiam disparadas e batiam nos vidros.
Este avião foi fabricado por de Havilland para substituir os Tiger Moth. Fabricou-se no Canadá, antes de ser adoptado pela RAF como primeiro avião de treino.
No princípio do ano 1950, entregaram-se os primeiros para treino da Universidade dos Esquadres do Ar (University Air Squadrons).
De Havilland “Chipmunk” WP 962 voou pela 1ª. vez no dia 22 de Maio 1946. Fabricaram-se 200 aviões no Canadá até 1956. A companhia de Havilland fabricou 66 em Portugal.
Especificações:
* Peso em vazio 646 Kgs
* Peso maximo-953 Kgs
* Velocidade de cruzeiro-191 km/h
* Máxima velocidade 222 Kms/h
* Altitude máxima 5.200 metros
* Autonomia 445 Kms
* Motor de Havilland 145 cavalos.
Quem terá uma fotografia do “nosso”, do Aero Clube? Sabem que foi feito dele? Boas recordações.
Depois de ter falado sobre os Tiger Moth e Chipmunk, agora tocou a vez a um dos outros aviões que tínhamos no Aero Clube.
O PIPER COLT
Fabricado pela Companhia Piper, de Lock Haven, Pennsilvania, este é um dos aviões pequenos para treino.
O que tínhamos no Aero Clube da Beira, apareceu no Club no ano de 1960/61 Tinha a cor creme e tinha uma lista azul (creio). Era parecido ao outro avião de 4 lugares que, tambem, tínhamos o Piper Tripacer.
É um avião de asa alta e o mais simples que havia no que respeitava a instrumentos. O painel dos controles tinha o essencial para aprender a voar.
Destes aviões ainda hoje há muitos a voar e em boas condições.
Especificações do Piper Colt:
* Motor de 108 cavalos
* Velocidade máxima -104 Kts
* Velocidade de cruzeiro 94 kts
* Velocidade de perdida (stall) – 47 kts
* Peso máximo 1650 lbs
* Peso vazio-940 libras
* Capacidade de combustível-36 galões
* Autonomia 415 milhas náuticos
* Altura máximas 12.000 pés.
Era um bom avião o que tínhamos no Aero clube. Fizemos algumas viagens nele. Que será feito destes aviões?
Taylorcraft
CR-ACA
Não me podia esquecer, do avião onde mais voaram os velhos pilotos do Aero Club da Beira. Este avião era o TAYLORCRAFT. Fizeram-se vários modelos deste avião, mas os mais conhecidos foram o modelo B e B12. Estavam equipados com um motor Lycoming ou Continental de 65 H.P.
A Companhia que começou a fazê-los foi a Taylorcraft Bross Aircraft Company em Bradford Pennsilvania fundada em 1931, que os começou a fabricar cerca de 1936. Em 1937 esta fábrica ardeu e tiveram que mudar-se de cidade. Tambem se estabeleceram em Inglaterra onde fabricaram muitos destes aviões. Em 1968, deixou de fabricar-se este avião e a fábrica em Inglaterra começou a fabricar os AUSTERS, que vieram substituir o Taylorcraft, mas desta vez com um motor Lycoming de 125 H.P. Nos Estados Unidos há vários clubes que fazem rallys aéreos com os Taylorcraft reconstruídos que são uma maravilha. É bonito vê-los no ar em formaçâo, como os vi em Dallas no ano de 1989, que assisti ao festival aéreo. É sempre um prazer, ver aviões que com mais de 60 anos, continuam a voar, depois de que gente que ama estes pequenos aviões, os reconstrói. A ver se alguem tem alguma fotografia dos dois que existiam no Aero Club da Beira, para por nesta pagina.
Pilotos do ACB, junto ao avião Piper Apache-PA23, de Jorge Jardim.
Da esquerda para a direita.
Em pé: Mário Gouveia Homem, piloto do Eng. Jorge Jardim, Lutz, Francisco Moiteira, Lomba Viana, Eng. Jorge Jardim, Rocha Paciência, Carlos Silva. De cócoras ?????
Inf. de António Corte Real
Fotos colocadas por António Lourenço e Fernando Loja aqui
Nota: Em todos as mensagens tento deixar o cunho pessoal de quem as escreveu.
L.Hingá
5 comentários:
Boa noite
vivemos na Beira e gostávamos também de obter informações sobre como está actualmente o Aeroclube da Beira.
Quem tiver alguma informação contacte-nos por favor: estudioartes@hotmail.com
um abraço
António
A piloto aviadora, de pé, junto ao Tiger onde está também o Loja é a Fátima Brites que era simultâneamente locutara na Emissora do Aero Clube da Beira
Um abraço e parabéns pelo v/magnifico trabalho sobre esta matéria
Carlos Brites
Carlos Brites muito obrigada. Já completei. Se tiver mais dados, conte comigo.
Luísa Hingá
Bom dia,
Sou filho de um antigo piloto do Aeroclube da Beira, seu nome Manuel Ângelo Pereira da Cunha, que se não me falham as contas deverá ter voado pelo clube nos anos 60.
Ainda hoje me conta história fantásticas de voos do tripacer, piper colt, os taylorcraft e também o apache e o twin comanche e das loucuras que se cometiam na época hehe
Um grande bem haja, deste filho de piloto que (infelizmente) não sabe porque cantam os pássaros, a todos os pilotos e camaradas que participaram na história da aviação moçambicana e o meu muito obrigado por manterem vivas as memórias desta grande época.
Abraços
Ângelo Cunha
Muito obrigada pelos seus comentários.
Luísa Hingá
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