O Voando em Moçambique é um pequeno tributo à História da Aviação em Moçambique. Grande parte dos seus arquivos desapareceram ou foram destruídos e o que deles resta, permanecem porventura silenciosos nas estantes de muitos dos seus protagonistas. A História é feita por todos aqueles que nela participaram. É a esses que aqui lançamos o nosso apelo, para que nos deixem o seu contributo real, pois de certo possuirão um espólio importante, para que a História dessa Aviação se não perca nos tempos e com ela todos os seus “heróis”. As gerações futuras de certo lhes agradecerão. Muitos desses verdadeiros heróis, ilustres aventureiros desconhecidos, souberam desafiar os perigos de toda a ordem, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes, em condições meteorológicas adversas, quais “gloriosos malucos das máquinas voadoras”. Há que incentivar todos aqueles que ainda possuam dados e documentos que possam contribuir para que essa História se faça e se não extinga com eles, que os publiquem, ou que os cedam a organizações que para isso estejam vocacionadas. A nossa gratidão a todos aqueles que ao longo dos tempos se atreveram e tiveram a coragem de escrever as suas “estórias” e memórias sobre a sua aviação. Só assim a História da Aviação em Moçambique se fará verdadeiramente, pois nenhum trabalho deste género é suficientemente exaustivo e completo. A todos esses ilustres personagens do nosso passado recente que contra tudo e todos lutaram para que essa história se fizesse, a nossa humilde e sincera homenagem.
A eles dedicamos estas linhas.
José Vilhena e Maria Luísa Hingá
========================
Quem tiver fotos e/ou documentos sobre a Aviação em Moçambique e os queira ver publicados neste blogue, pode contactar-me pelo e-mail:lhinga@gmail.com
=======================
Por motivos alheios algumas das imagens não abrem no tamanho original. Nesse caso podem selecionar “abrir imagem num novo separador” ou “Guardar imagem como…”.
21/09/07
365-Torre de Controle do Aeroporto de Quelimane
Tiradas daqui. Obrigada Jorge Leite
20/09/07
364 - SMA - Serviço Médico Aéreo, de Moçambique
Piper PA-32 Cherokee 300 "CR-AKS"
Piper PA-32 Cherokee 300 "CR-AKS"
Piper PA-32 Cherokee 300 "CR-AKS"
Dados dos aviões do Cte. Vilhena
17/09/07
363-CR-AIA - CR-AIB - CR-AIC - CR-AMD, F-27 da DETA
16/09/07
362 - CR-AAG, Tiger Moth. Primeiro avião do ACB.
Foto e legenda de Luís Manuel Fernandes e dados do avião de Cte. Vilhena
360-Chipmunk T10 "Manga", do ACB
Foto de Luís Manuel Fernandes e dados do avião de Cte. Vilhena
359-Leonel Nunes da Silva e Luís Fernandes, da SETA
Foto de LMFernandes e dados do avião de Cte. Vilhena
05/09/07
357-Incidente com o DeHavilland Dove (CR-ADC) da DETA em Tete nos anos 50 (algures entre 55 e 58).
Estávamos na época das chuvas e naturalmente das cheias do rio Zambeze.
A frequência dos voos da Deta para Tete na altura, resumiam-se a 2 voos semanais, chegando sempre na parte da tarde, depois das 16 horas, pernoitando na pista do aeródromo de Chimadze, sempre em frente dum edifício quadrado que servia de aerogare.
Nessa noite não choveu, mas sem qualquer previsão antecipada, aliás previsões naquela altura eram comunicadas por estafetas a partir de um posto de meteorologia no Zumbo, o Zambeze transbordou do leito e arrastou o avião para longe, mesmo em frente ao local onde o hangar do GPZ foi construído posteriormente.
Tenhamos em conta que o vale de Nhartanda, outrora leito do rio Zambeze, devido aos aluviões alterou o curso do rio, sofrendo consequentemente o desvio para o leito actual.
Vieram técnicos da DETA de Lourenço Marques para realizarem a limpeza e recuperação do avião, deparando-se logo de seguida com o primeiro contratempo: as elevadas temperaturas que tiveram de suportar para trabalharem a céu aberto.
Construiu-se com estacas de "Missanhas" uma cobertura com capim do tamanho que cobrisse grande parte do avião.
Aos domingos o local virou zona de peregrinação, para ver o avião e a evolução dos trabalhos.
2 a 3 semanas foi o tempo necessário para recuperar o Dove e pô-lo de novo a voar.
Estas são as minhas recordações deste incidente, pois na altura não tinha senão 8 anos de idade e nem sequer andava na escola.
Texto de Manuel........
Fotos do Arquitecto Chico Ivo a quem agradeço estas preciosidades!
Dados do avião: Comandante José Vilhena