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Enquadramento
Na 1ª parte
deste trabalho, que englobou as primeiras décadas do Século XX, foi tratado,
essencialmente, o contributo e a preponderância dos pioneiros da aviação no
desenvolvimento do serviço aeropostal, relevando, em particular, o “rasto”
filatélico que foi começando a aparecer.
No presente
trabalho explano, na vertente da história postal, o desenvolvimento do
transporte aéreo de correspondência em Moçambique, que ganha importância e
dimensão a partir década de 30 do Século XX, baseada nas Companhias Aéreas com
serviço aeropostal organizado, que operaram em Moçambique.
É feito um enfoque
particular no respectivo “rasto” ou tradução filatélica, muito mais numerosa do
que a registada no período anterior, todavia sem desenvolver outros aspectos
filatelicamente relevantes ou igualmente interessantes, como sejam os selos de
Correio Aéreo, os seus portes específicos, as etiquetas das sobretaxas aéreas,
as marcas postais acessórias desta correspondência e outros pormenores filatélicos
respeitantes a esta área.
No final deste
artigo, apresentarei uma lista actualizada de eventos de Companhias Aéreas, que
foram referenciados através de carimbos ou marcas comemorativas, que integram a
Aerofilatelia e representam, em meu entender, “marcos” da evolução do serviço
aeropostal em Moçambique.
A essas
listagens de referências no transporte do correio aéreo, anteriormente
elaboradas pelo Capitão F. Stern e por John Sussex e David Weeden, acrescentei
dados da minha colecção e da investigação que efectuei.
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Introdução
Através da
correspondência transportada por avião, as cidades e vilas de Moçambique foram-se
naturalmente ligando entre si, e com todo o Mundo, de forma cada vez mais
rápida, mais frequente e em maior volume, assente, por um lado, no extraordinário
desenvolvimento da aviação comercial e por outro, na notável capacidade dos
Correios de Moçambique, de adaptação e aproveitamento dos serviços de transporte
aéreo de correspondência.
A princípio, o
estabelecimento regular das carreiras aéreas que incluíam o transporte postal
utilizava conexões por via ferroviária, entre alguns pontos de escala, embora
rapidamente se tenha evoluído para ligações directas, sempre por via aérea,
privilegiando a rapidez do transporte.
E o “rasto”
filatélico deste progresso, com a abertura de novos destinos ou diferentes
encaminhamentos, foi aparecendo, quer, mais ou menos oficialmente, por
publicitação dos prestadores dos serviços, quer por iniciativa dos particulares
que deles passavam a usufruir.
O estabelecimento,
divulgação pública e desenvolvimento do transporte aéreo de correio implica a
existência de algumas condições, de que saliento, entre outras, a regularidade
do serviço, que só podia ser satisfeita através de companhias aéreas,
estruturadas e organizadas, bem como a rapidez na chegada aos destinos das
correspondências transportadas, que está dependente da gestão de novos
encaminhamentos (novas conexões aéreas e/ou novas escalas) e dos avanços
técnicos que proporcionassem ligações mais céleres.
A manutenção e
desenvolvimento destas condições, mais ainda naquela zona da África austral,
era naturalmente difícil e facilmente susceptível de ser afetada ou mesmo
prejudicada, inclusive com suspensão do serviço prestado, em função de
acontecimentos externos da mais diversa índole, como ocorreu, por exemplo, com
o eclodir da 2ª Guerra Mundial.
No início, e durante
alguns anos, os Correios de Moçambique fizeram acordos com algumas Companhias Aéreas
estrangeiras para o transporte das correspondências, seja na expedição – outgoing mails – seja de recepção - incoming mails, aproveitando os voos dessas
Companhias, mesmo que não escalassem qualquer ponto do território moçambicano.
Depois, e por
maioria de razão, quando essas Companhias Aéreas externas fizeram escalas
regulares em cidades de Moçambique, foi estabelecido directamente com essas
Companhias, o serviço aeropostal de transporte de correio.
Só a partir de 1938
se começou a limitar e substituir, gradualmente, estes acordos celebrados com Companhias
Aéreas estrangeiras, por acordos celebrados com a Companhia Aérea moçambicana - D.E.T.A.
-, que assegurou o transporte aéreo das correspondências no interior do território
(carreiras aéreas internas) e, também na sua vertente externa, mediante conexões
com rotas entretanto estabelecidas de outras Companhias Aéreas. Mais tarde, fez
o mesmo com a Companhia Aérea Portuguesa “de bandeira” - T.A.P. – que começou a
operar regularmente em Moçambique a partir de 1947 e que rapidamente se
transformou na principal transportadora aérea em volume de trafego postal externo,
de e para Moçambique.
Abordo no
presente trabalho o serviço aéreo postal, externo e interno estabelecido nesta
região, relevando as Companhias Aéreas com transporte de correspondência
organizado, seguindo um critério cronológico das respectivas operações em
Moçambique, fazendo uma referência, no
final, aos escassos “rastos” filatélicos dos acidentes aéreos referenciados nas
listas conhecidas.
I - Companhias Aéreas Estrangeiras
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Imperial Airways
A fim de
estabelecer ligações aéreas com as suas Colónias, foi criada em Inglaterra, em
1924, a Imperial Airways, que foi a primeira companhia Inglesa comercial
de transporte aéreo de longa distância.
Esta companhia
aérea operava a partir do aeroporto de Croydon, com rotas para a India e
Extremo Oriente e para a Africa do Sul, até Cape Town, que é a que,
naturalmente, iremos salientar.
Iniciou os voos
experimentais para o estabelecimento da carreira aérea Londres/Cidade do Cabo,
em 28 de Fevereiro de 1931, atingindo Mwanza, na região norte da actual
Tanzânia. Ao longo do ano de 1931 foi abrindo outras escalas, cada vez mais
para sul, tendo conseguido estabelecer logo em Janeiro de 1932 a primeira
carreira aérea regular London/Cape Town, principalmente para o transporte de
correspondência.
Foram utilizados aviões tipo De Havilland
e posteriormente tipo Atalanta. Esta
carreira, manteve-se quase sem alterações até Junho de 1937, quando passaram a
ser utilizados os hidroaviões (Flying
Boats).
Figura 1 – Mapa da rota da Imperial Airways entre 1932 e 1937.
Como se vê na
Figura 1, a rota seguida fazia escala, para além de outras, no Cairo, em Wadi
Haifa, em Kisumu, em Broken Hill (perto de Salisbury na Rodésia) e em
Johannesburg (Africa do Sul). Apresenta ainda a particularidade de haver conexões
por via ferroviária, Paris-Brindisi e Alexandria-Cairo, pelo que, a ligação não
se fazia integralmente por via aérea.
A partir de
Broken Hill e de Johannesburg existiam também ligações ferroviárias com
Moçambique que já vinham sendo utilizadas no transporte postal.
Sublinho a
importância de duas escalas, Cairo e Broken Hill, que viriam a ter uma enorme relevância
como plataformas giratórias, em conexões que aí se estabeleceriam com outras Companhias
Aéreas, bem como com outros encaminhamentos e outros destinos.
Logo nestes
voos iniciais foram enviadas cartas com destino a Moçambique, de que apresento
um exemplo de carta que foi expedida de Alexandria no Egipto com destino a
Inhambane e que tem um percurso deveras curioso e variado.
Figura 2 –
Sobrescrito especial comemorativo do 1º voo Inglaterra /África, enviado de
Alexandria (5/3/1931) para Inhambane (6/4/1931), sendo reexpedida para Lisboa.
No verso tem
carimbos de trânsito em Mwanza (10/3); Daressalam (14/3), Beira (24/3),
Lourenço Marques (29/3) e de chegada a Inhambane (6/4). Até Mwanza seguiu por
via aérea, sendo que daí para diante até ao destino final, foi seguramente
transportada quer por via ferroviária quer por via marítima, consoante os
trajectos.
A existência
nos territórios limítrofes de Moçambique de carreiras aéreas regulares com
serviço postal, permitia um extraordinário ganho de tempo no transporte das
correspondências para Portugal e para a generalidade dos Países Estrangeiros.
Tão importante vantagem, impulsionou os Correios a aproveitarem esses voos para
o encaminhamento das suas malas de correio.
Neste contexto,
foram-se estabelecendo acordos com as entidades envolvidas neste transporte, a
partir de Lourenço Marques ou da Beira, por via férrea até Johannesburg ou,
principalmente, até Broken Hill, onde se fazia a conexão com o transporte aéreo
da Imperial Airways. É o que se
mostra na carta apresentada, que ainda em 1932, usufrui desta evolução no
transporte aéreo de correspondência para o exterior.
Figura 3 – Carta enviada da Beira (21/6/1932),
seguiu por caminho-de-ferro até Salisbury, onde lhe foi aplicada nova franquia
para pagamento da sobretaxa para a via aérea para a Europa. Apanhou a conexão
em Broken Hill e seguiu para a Alemanha. Não tem carimbo de chegada.
O
desenvolvimento da própria Imperial
Airways e o aparecimento de outra Companhia Aérea - a Régie Air Malgache -, que estabelecia a ligação entre Madagáscar e
Broken Hill, com escalas em cidades de Moçambique, permitiu mais um avanço no
serviço aeropostal, como foi, por exemplo, o transporte de correspondência de Johannesburg
para a cidade de Moçambique (ilha de Moçambique) totalmente por via aérea
através da Imperial Airways até
Broken Hill e depois a conexão no 1º voo de retorno a Tananarive, pela Régie Air Malgache, como se exemplifica na
carta mostrada na Figura 4.
Figura 4 – Carta com carimbo comemorativo do 1º
voo de retorno de Broken Hill a Tananarive, pela Regie Air Malgache. A carta, com origem em Johannesburg a 31/7/
1934 seguiu pela Imperial Airways até
Broken Hill e depois pelo voo de retorno a Madagascar, até ao seu destino, a Posta-restante
da cidade de Moçambique (3/8/1934, carimbo no verso).
Ainda no final
do ano de 1934, e utilizando as plataformas giratórias já referidas (Broken Hil
e Cairo) nas conexões com outras Companhias Aéreas, tornou-se possível enviar correspondência,
por exemplo de Tete para a Austrália, começando até Broken Hill com a Regie Air Malgache, indo até ao Cairo na
Imperial Airways e prosseguindo na Qantas no primeiro serviço aéreo de
Inglaterra para a Austrália.
Figura 5 – Sobrescrito especial comemorativo do 1º
voo Inglaterra /Austrália, enviado de Tete (26/11/1934), com carimbos de
trânsito no verso, em Darwin (19/12), em Sydney (21/12) e de chegada a
Billimari (24/12/1934).
Em Junho de
1937, com a introdução dos hidroaviões, a Imperial
Airways altera a sua rota de acesso à Africa do Sul, efectuando escalas em
cidades costeiras de Moçambique, o que lhes permitiu um acesso directo ao
transporte aéreo e passarem a ser, também, escalas nesse transporte aéreo de
correio para cidades do Transval, como Johannesburg, ou da Rodésia, embora primeiramente,
através das ligações ferroviárias - Lourenço Marques/Johannesburg ou
Beira/Salisbury - e posteriormente, por ligações aéreas quando estas se
estabeleceram.
Figura 6 – Mapa da rota da Imperial Airways a partir de 1937.
Figura 6A – Hidroavião
da Imperial Airways.
O transporte
aéreo das correspondências, de e para Moçambique, puderam dispor então destes voos
da Imperial Airways e aumentarem a
sua eficácia e expansão. A carta apresentada na Figura 7 é disso um exemplo.
Figura 7 – Carta enviada da Beira (10/6/1937) para
Londres, no 1º voo de retorno desta rota, que aceitou correspondência de
Moçambique para o exterior.
Após a fusão
que deu origem à B.O.A.C., o primeiro voo que esta nova Companhia Aérea efectuou
em 1 de Abril de 1940, de Southampton para Durban, ficou igualmente assinalado
na Aerofilatelia de Moçambique, como se demonstra numa das cartas transportadas
nesse voo.
Figura 8 – Carta enviada de Lourenço Marques
(1/4/1940) para Durban (3/4/1940, no verso), transportada no 1º voo BOAC
Southampton / Durban.
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Regie Air Malgache
Figura 9 – Carta enviada de Londres (11/7/1934)
para Quelimane (2/8/1934, no verso)), totalmente transportada por via aérea,
porque em Broken Hill, apanhou a conexão da Regie
Air Malgache, que fez escala em Quelimane.
Em 1935 a Régie Air Malgache faz a extensão aérea
de Broken Hill a Elizabethville, conectando com a Sabena e estabelece
outra rota alternativa para o transporte de correspondência para a Europa. No
final de 1936, em cooperação com a Air
France, são transportados os primeiros passageiros para Madagáscar e em
1937, associa-se com outras Companhias Aéreas e forma a Air Afrique, que continua a efectuar esta carreira aérea para
Tananarive.
O deflagrar da
2ª Guerra Mundial, provocou grandes alterações nestas carreiras aéreas, tendo
sido suspensos estes voos para Madagáscar. A ligação aérea Tananarive/Lourenço
Marques, só foi retomada depois da Guerra, em Maio de 1947, pela Companhia
aérea Air France, como mostra a
Figura 10.
Figura 10 – Carta registada, com o carimbo
comemorativo deste 1º voo, enviada de Tananarive (25/5/1947) para Lourenço
Marques (27/5/1947, no verso). Reexpedida, chegou a Tananarive a 20/7/1947
(carimbo no verso).
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R.A.N.A.
Estimulada pelo
desenvolvimento da Imperial Airways
que atravessava o seu território, a aviação civil Rodesiana reuniu-se em 1933
na Companhia Aérea denominada R.A.N.A. (Rhodesia and Nyassaland Airways), primeiramente com sede em Bulawayo
e mais tarde em Salisbury. Em 1946, a R.A.N.A.
integrou, com outras, uma associação de serviço aéreo da Africa Central,
constituindo a C.A.A. (Central Africa
Airways).
A partir de
1935, e embora numa escala muito mais reduzida e localizada à região central de
Moçambique (nessa altura ainda território da Companhia de Moçambique), foram
estabelecidas carreiras aéreas regulares, bissemanais, entre
Salisbury/Beira/Blantyre, permitindo conexões mais frequentes e em maior numero
com outras Companhias Aéreas, facilitando assim um melhor transporte aéreo de
correio, de e para Moçambique.
O “rasto”
filatélico do voo inaugural desta nova carreira aérea é mostrado na Figura 11.
Figura 11 – Sobrescrito comemorativo do 1º voo
Blantyre/Beira/Blantyre, enviado da Beira (6/8/1935) e destinado a Limbe
(6/8/1935, no verso) com trânsito em Blantyre (6/8, no verso). Assinatura do
Piloto – M.H.Pearce.
- S.A.A.
A Companhia
Aérea de bandeira da Republica da Africa do Sul, S.A.A. ( South African Airways) foi criada a 1
de Fevereiro de 1934. Resultante da compra e fusão com outras Companhias já
existentes, ficou sob administração do Estado através da Administração dos
Portos e Caminhos de Ferro da Africa do Sul. Estabeleceu inicialmente carreiras
aéreas dentro do território, ligando Cape Town a Johannesburg, com escalas em
East London, Port Elisabeth e Durban.
Em 1937, após
voo experimental anterior, iniciou a 18 de Julho, uma carreira aérea regular
para Lourenço Marques, especialmente dedicada ao transporte de correspondência,
conectando-se com os voos da Imperial Airways. É uma carta transportada no voo
de regresso desta carreira que se mostra na Figura 12.
Figura 12 –
Carta enviada de Lourenço Marques (19/7) para Johannesburg (19/7, no
verso), transportada no 1º voo de regresso da carreira da S.A.A.
A S.A.A.
ainda chegou a efectuar voos, com transporte postal de correspondência oriunda
de Moçambique para Luanda, através do Bechuanalândia e do Sudoeste Africano,
mas suspendeu as suas actividades devido ao inicio da 2ª Guerra Mundial. Em
1941, foi retomada a ligação a Luanda, e mais tarde a Leopoldville,
conectando-se com outras Companhias. Esta ligação ficou conhecida como “War
time service”. Após o final do conflito, a Companhia Aérea acelerou o seu
desenvolvimento e expansão, evoluiu e estabeleceu novas carreiras na região, para
a Europa e para outras rotas intercontinentais, mantendo-se operacional até
hoje.
II - Companhias Aéreas Nacionais
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Aero Colonial
Anteriormente
já tinha referido que o Chai Chai foi considerado “o berço da aviação civil” em
Moçambique, mercê da extraordinária actividade aeronáutica desenvolvida pelos
dois pioneiros da aviação, Manuel Maria da Rocha e Armando Torre do Valle, que
aí fundaram, em 1931, um aeroclube em Gaza, delegação do Aero Clube de
Moçambique, apetrechando-o com os seus próprios aviões.
Ao longo de
1932, juntamente com outro companheiro, Alfredo Santos Gil, criaram uma escola
de instrução e pilotagem como embrião de um projecto mais ambicioso. A 22 de
Novembro de 1933, Manuel da Rocha, Santos Gil e Torre do Vale, constituíram,
por escritura pública, conforme consta no Boletim Oficial de Moçambique de
9/12/1933, a sociedade Aero Colonial
Limitada, que tinha como objectivo, entre outros, “a exploração de linhas
aéreas internas da Colónia de Moçambique”, projetando “realizar carreiras
aéreas regulares para transporte de mercadorias e passageiros”.
Como dois dos
sócios eram já conceituados pilotos aviadores, tendo mesmo Torre do Vale
efectuado nesse ano, de 1 de Abril a 14 de Maio de 1933, a primeira ligação
aérea de Lourenço Marques, a Lisboa e depois a Londres – raide que teve uma
extraordinária repercussão nos Jornais da época -, obtiveram autorização do
Governador Geral, para poderem operar.
A Companhia Aérea
iniciou imediatamente a sua actividade, desenvolvendo uma carreira aérea de
Lourenço Marques ao Lumbo, com diversas escalas ao longo da costa. Esta
carreira, ainda que em fase de estudo, funcionou regularmente durante cerca de
4 meses, transportando carga e passageiros. Além dos dois pilotos já referidos,
contratou também o já conhecido e experimentado piloto Jimmy Childs. Efectuou
além dessas carreiras, muitas outros voos, de resgate de doentes ou transportes
urgentes, contratados especialmente. Todavia em face do interesse que a
exploração dessas linhas aéreas já tinha despertado noutros grupos e empresas e
mercê também da exiguidade de capital próprio, a Aero Colonial concluiu que a viabilidade da empresa dependia da
concessão por parte do Estado das seguintes condições:“a) O exclusivo do transporte aéreo das malas do correio; b) O
transporte de funcionários que devam deslocar-se urgentemente de um para outro
ponto; c) A isenção de direitos Alfandegários e emolumentos para a importação
de aviões completos, gasolina e óleos destinados às carreiras aéreas da
sociedade.”
Fosse pelas
enormes dificuldades burocráticas para obterem a autorização requerida, pelo
falecimento inesperado de Torre do Vale num acidente de caça, ou ainda, pelo
interesse na exploração do transporte aéreo por parte do Estado através dos Caminhos
de Ferro de Moçambique, em Agosto de 1936 é acordado com este poderoso
organismo estatal, a extinção da Aero
Colonial e a constituição da D.E.T.A.
(Divisão de Exploração dos Transportes Aéreos) com a contratação de Manuel
Maria da Rocha como piloto chefe desta nova Companhia Aérea.
Apesar de a Aero Colonial ter efectuado muitos transportes
por via aérea, de cartas ou mesmo de malas de correio (de alguns desses voos há
histórias pitorescas reproduzidas em jornais e em livros), não o fazia de modo
oficial, nem deixou qualquer “rasto” filatélico conhecido. Mesmo assim entendi,
que este breve apontamento de natureza mais histórica que postal, tinha pleno cabimento
no âmbito deste trabalho.
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D.E.T.A.
Quando da
reorganização dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, em 1931, estava
previsto pelo Governo Central promover a entrega do “estabelecimento e exploração dos transportes aéreos em Moçambique”
a esta Direcção de Serviços do Estado.
Esta resolução,
porém, teve de ficar adiada uns anos devido à forte crise económica e
financeira que atingia o Governo Português resultante da recessão mundial de
1929, em que havia grande falta de moeda estrangeira, o que limitava extraordinariamente
as importações, atingindo naturalmente tanto os aviões, como as peças, o
combustível e até os lubrificantes.
A determinação
e a persistência do Eng.º Francisco Pinto Teixeira, então Director dos Portos e
Caminhos de Ferro de Moçambique, permitiu criar-se a D.E.T.A. (Divisão de Exploração dos Transportes
Aéreos) pelo Decreto-lei nº 521/35 de 26/8/1936, que foi a Companhia Aérea
moçambicana de referência que se manteve em funcionamento até à Independência
de Moçambique, em 1975, e deu origem à actual L.A.M.
Na DETA, durante os anos de 1936 e 1937 foram
desenvolvidos esforços para a aquisição de aviões e treino de pilotos. A frota
inicial compunha-se de um monomotor “Hornet
Moth”; um bimotor “Dragon Fly”
(ambos de tela !) e, em Agosto de 1936, foram adquiridos 2 bimotores “Dragon Rapid” de 7 lugares. Utilizavam
o aeródromo da Carreira do Tiro em instalações provisórias. Nesse ano fizeram
voos de treino e propaganda, embora tenham sido efectuados alguns voos de
emergência para Johannesburg, entre 13 e 17 de Fevereiro de 1937, onde foram
transportadas malas de correio, em virtude de estarem interrompidas todas as
ligações com a Africa do Sul devido à grande cheia que afectou principalmente o
sul de Moçambique, nessa altura. Apesar de não haver marcas distintivas, este
voo deixou, mesmo assim, “rasto” filatélico conhecido, referenciado apenas através
do carimbo aposto nas cartas que então foram transportadas.
Ainda em 23
Dezembro de 1937 são iniciadas carreiras de Lourenço Marques para Germiston na
Africa do Sul, que serão interrompidas com o início da 2ª Grande Guerra.
Este modesto início
foi a base de um extraordinário desenvolvimento que traria esta Companhia para
o primeiro plano das comunicações e transportes de Moçambique, sendo das mais
importantes de Africa e com grande prestígio Internacional.
Do ponto de
vista da Aerofilatelia, que já por esta altura despertava um grande interesse
nos filatelistas de todo o Mundo, estavam atentos os Correios e as Companhias Aéreas,
que efectuavam ampla divulgação dos novos eventos, novas rotas, novos
encaminhamentos, o que originou, portanto, um número crescente de “rastos”
filatélicos. Na Aerofilatelia de Moçambique em particular, e sendo a DETA uma Companhia Aérea aí sediada,
também ela não descurou este aspecto, existindo por isso diversos “rastos”
filatélicos, de que apenas apresentarei alguns exemplos.
No ano de 1938,
a DETA inicia a exploração das
carreiras aéreas regulares com o estabelecimento em 11 de Abril de 1938, da
ligação Lourenço Marques/Quelimane, com escalas em Inhambane e Beira. Em Abril
de 1938, foi abandonado o aeródromo da Carreira do Tiro e passou a ser
utilizado apenas o Aeroporto de Lourenço Marques (Mavalane) e em 29 de Julho
efectuou um voo experimental entre Lourenço Marques e Luanda, que foi precursor
das futuras carreiras aéreas regulares entre as duas capitais.
Figura 13 – Carta transportada no 1º voo da DETA,
especial, de Lourenço Marques (29/7/1938), para Luanda (30/7/1938, no verso).
Ainda no ano de
1938, a 11 de Outubro de 1938, a DETA
procede à extensão costeira dos seus voos, alcançando Porto Amélia, no norte,
com várias escalas intermediárias. Este novo serviço aeropostal ficou
filatelicamente assinalado através das cartas transportadas nesses voos, quer
na ida quer no regresso, como se mostra na Figura 14.
Figura 14 – Carta transportada no 1º voo de extensão
costeira das rotas da DETA, enviada de Lourenço Marques (11/10/1938) para Porto
Amélia (12/10/1938, no verso).
Ao longo dos
anos, a DETA foi adquirindo mais aviões, mais evoluídos tecnicamente (“Lockheeds”, “Friendships” e “Boeings”),
e foi estabelecendo novas rotas e novos destinos, quer internos, quer para o
exterior. De alguns destes novos destinos foi deixado “rasto” filatélico.
Apresento apenas como exemplo, o 1º voo, de ligação à longínqua cidade de Vila
Cabral, capital do Niassa, que se efectuou em 28 de Maio de 1954 e que teve
carimbo especial comemorativo do evento.
Figura 15 – Carta transportada no 1º voo de Nampula
para Vila Cabral, com o carimbo comemorativo. Foi enviada de Nampula (28/5/1954)
para Nova Freixo (29/5/1954, no verso).
Em 22 de Março
de 1962, pelo Decreto nº 44247, a D.E.T.A. passa a designar.se por Direção de Exploração dos Transportes Aéreos.
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T.A.P.
A companhia
aérea T.A.P. (Transportes
Aéreos Portugueses) foi fundada em 14 de Março de 1945, cerca de 9 anos
depois da DETA. Iniciou a sua
actividade comercial em Setembro com uma rota para Madrid, começando em 31 de
Dezembro de 1946 a exploração da chamada “Linha Aérea Imperial” entre Lisboa-Luanda-Lourenço
Marques, com doze escalas e a duração de 15 dias (ida e volta) sendo, na
altura, a mais extensa linha mundial a operar com DC- 3 (“Dakotas”). Este primeiro voo, que aterrou a 6 de Janeiro de
1947 no Aeroporto de Mavalane, em Lourenço Marques, e retornou a 11 de Janeiro,
era pilotado pelo Comandante Manuel Maria da Rocha. Para a comemoração deste
1º voo, foi emitido carimbo comemorativo especial, aplicado nas cartas
transportadas, como se ilustra na Figura 16.
Figura 16 – Carta com o respectivo carimbo
comemorativo, enviada de Lourenço Marques (10/01/1947) para Moimenta da
Beira-Portugal, transportada no voo de retorno da 1ª Mala Aérea Imperial. No
verso carimbo de chegada a Lisboa (17/11).
O progressivo
desenvolvimento e a importância que a TAP adquiriu no transporte
aéreo nacional, tornou-a, juntamente com a DETA,
como prestadores quase exclusivos do serviço aeropostal de e para Moçambique.
A contribuição
dos eventos da TAP para a Aerofilatelia
de Moçambique, traduziram-se em alguns acontecimentos que tiveram expressão
filatélica. Ilustro apenas um exemplo, comemorativo do 1º voo TAP em avião
Boeing 707, na linha Lisboa/Luanda/Lourenço Marques e volta, em Junho de 1970.
Figura 17 – Bilhete carta transportado no 1º voo de
retorno da TAP, Lourenço Marques / Lisboa, em avião Boeing 707., enviado de L.
Marques (2/6/1970) para Luanda (3/8/1970, no verso).
Figura 17A – Boeing 707 da TAP.- CS-TDB – “Lourenço
Marques”.
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Outras Companhias aéreas
Houve algumas
outras Companhias Aéreas que fizeram, durante períodos de tempo mais ou menos
longos, escalas regulares em cidades de Moçambique, admitindo-se que algumas tenham
mesmo efectuado transporte de correio aéreo. Porém são escassas as que deixaram
qualquer “marca” filatélica na Aerofilatelia de Moçambique. Mesmo assim, estão
referenciados os eventos da C.A.A.
(Central Africa Airways) em 1951, bem como da Air Rhodesia em 1973 que apresento na Figura 18.
Figura 18 – Sobrescrito e carimbo comemorativo,
enviado de Salisbury (4/11/1973) para Lourenço Marques, no 1º voo da Air
Rhodesia em Boeing 720.
- Acidentados
De entre os
muitos acidentes aéreos que ocorreram envolvendo transporte de correio aéreo no
avião acidentado, só têm relevância para a aerofilatelia aqueles em que existam
cartas resgatadas e reencaminhadas ao seu destino com uma qualquer marca
aplicada. Essa marca pode ser específica, nomeadamente identificando o evento
ou o local onde ocorreu o acidente, mas também pode ser caracterizada apenas pelo
carimbo datado da correspondência recuperada e reexpedida, coincidente com a
data do acidente e portanto comprovando-o.
Com interesse
para este estudo, será apenas a correspondência com origem ou destino em
Moçambique, e também a que, em resultado de acidente aéreo em solo Moçambicano,
tem capacidade de ser identificada com esse acidente.
Não são muitos
os casos que estão referenciados nas listas conhecidas até hoje e que apresento
no final deste trabalho, mas ainda assim ilustro com dois exemplos.
No primeiro
caso, trata-se de uma marca específica aplicada na correspondência resgatada do
acidente aéreo da “PANAM” a 21 de
Junho de 1951 na Libéria, em carta com origem em Moçambique, que seguia nesse
voo.
Figura 19 – Carta registada enviada de Quelimane
(18/6/1951) para Lisboa, que foi resgatada de acidente aéreo da PANAM a
21/6/1951, à qual foi aplicado o carimbo “Salvados do avião PA 151 de 21/22-6-1951”.
O segundo
exemplo só é possível identificar e correlacionar com o acidente aéreo, através
da data do carimbo da estação expedidora, já que a correspondência recuperada
desse acidente, seguiu ao seu destino no dia seguinte, pelo avião que a foi
resgatar, o que se comprova pelos carimbos na carta que apresento.
Figura 20 – Sobrescrito oficial, registado, enviado
de Inhambane (5/11/1940) para Lourenço Marques, transportado em avião que teve,
a 6 de Novembro de 1940, acidente aéreo ao aterrar na escala intermédia em Vila
João Belo. Chegou ao destino, transportada por outro avião em 7 de Novembro de
1940, conforme carimbo de chegada no verso.
Figura 20A – Recorte do Jornal “Guardian” de 7 de Novembro
de 1940.
Poderão haver,
certamente, mais casos destes, mas não estão referenciados, nem são conhecidas
peças circuladas neles envolvidos.
Nota: Salvo indicação em contrário,
todas as peças apresentadas pertencem à minha colecção.
Lisboa, Janeiro de 2014
Bibliografia:
- Documentos consultados no Arquivo
Histórico Ultramarino;
- Jornais de Lourenço Marques, da época;
- Revista dos Correios de Moçambique de
1955;
- “História das comunicações em
Moçambique” – de A. Pereira de Lima- 1974
- “The African
Route” – voos da Imperial Airways, de Peter Wingent ;
- Catálogos de Franck Mueller e Pierre
Saulgrain;
- Artigo do Capitão Stern da Revista
Aerofield de 1960;
- Artigo de J.Sussex da Revista PPS de
Abril de 1999;
LISTA DE PRIMEIROS VOOS E EVENTOS
AEROFILATÉLICOS DE MOÇAMBIQUE ATÉ 1975
ANO
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Mês
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DESCRIÇÂO
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Observações
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1926
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10 Out
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Berre (Marselha) /
Majunga
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9 Dez
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Voo de regresso
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1926/1927
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7 Dez a 20 Fev.
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Voo de Mittelholzer,
Zurique/Cape Town
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*
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1928
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24 Out
|
Voo Pais Ramos.
Jornais transportados Beira/LM. Não oficial.
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Carimbo próprio
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1929
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13 Jul
|
Transportados Jornais
de LM para Chai Chai, Não Oficial.
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Carimbo próprio
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16 Ago.
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1ª mala aérea oficial
LM / Inhambane
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Carimbo próprio a violeta
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21 Ago.
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Voo de retorno
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Carimbo próprio a vermelho
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13 Dez.
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3º Raid aéreo Paris/Tananarive
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*
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1931
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5 Mar
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1º voo
experimental Londres/Africa do Sul, via Grandes Lagos
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*
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1932
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20 Jan
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1ºvoos regulares Londres/Cape Town via Broken Hill
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1934
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5 Jul
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1ª
Ligação Atenas / Moçambique. Carimbo próprio.
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*Carimbo próprio
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29 Jul
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1º voo
regular /Madagascar/Broken Hill com conexão à Imperial Airways.
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2 Ago
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Voo de retorno.
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2 Ago
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Primeira
ligação Sudoesta Africano / Moçambique por via aérea.via Broken Hill
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*
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20 Ago
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1ª mala aérea regular
Moçambique/Portugal
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26 Nov
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1ª ligação
Moçambique/ Austrália pela Qantas
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1935
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1 Ago
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1º voo
RANA Salisbury / Beira
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3 Ago
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Voo retorno
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5 Ago
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1º voo Blantyre /
Beira
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6 Ago
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Voo de
retorno Beira/Blantyre
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20 Ago
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Voo Beira/Blantyre
comemorativo iinauguração Ponte sobre o Zambeze. Envelope especial.
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3 Set
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1º
Voo Cairo – Beira, via Salisbury pela Imp. Airways
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*Carimbo
Próprio
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3 Out
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1º voo Umtali/Beira,
pela RANA
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5 Out
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1º voo Beira /Umtali
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8 Nov
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1º voo Beira / Roma
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*
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1936
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30 Out
|
1ª ligação
Paris/Congo/Madagascar
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4 Nov
|
Voo de retorno-
Madagascar (escala em Moçambique) /Congo/ Europa
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1937
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13 Fev
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Voo de
emergência LM / Johannesburg, por cheias.
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17 Fev
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Voo regresso
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7 Jun
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1ºvoo Flying boats Londres/Durban.
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10 Jun
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1ª Aceitação
correspodêcia - sentido ascendente, de Moçambique para o exterior, pelos
Flying Boats.
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12 Jun
|
Idem no
sentido descendente
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18 Jul
|
1º voo SAA, Johannesburg / LM
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19 Jul
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Regresso
LM / Johannesburg
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1938
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11 Abr
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1ª mala
DETA interna. LM/Inham,/Beira/Quelimane
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28 Jul
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Voo
experimental LM/ Luanda (30/7).
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5 Ago
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Voo regresso Luanda /
LM
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11 Out
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Extensão
costeira DETA, LM / Porto Amélia. Escalas em João Belo,
Inhambane,Beira,Quelimane e Lumbo.
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Carimbo próprio
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12 Out
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Voo de regresso Porto
Amélia / LM
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1939
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5 Jul
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1º Voo
RANA Tete/Salisbury.
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7 Jul
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1º Voo RANA Tete / Blantyre (7/7).
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11 Jul
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1º Voo
Air Afrique Tete (8/7) / Luanda (chega
a 20/7). Também de L.M.( datad de 29/6!!)
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27 Ago
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1º
Transporte regular entre LMarques / Luanda pela SAA , via Johannesburg e
Sudoeste Africano
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24 Set
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1º voo
regular DETA LM/Johannesburg.
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1940
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1 Mar
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1º Voo LM
/ USA por via aérea total.
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1 Abr
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1º Voo BOAC. Southampton - Durban
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6 Abr
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Voo de
retorno. Durban/Southampton, via LM/Daressalam, Zanzibar
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18 Set
|
1º Voo
LM/Tete pela DETA. Via Beira e Quelimane.
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19 Set
|
Voo
regresso Tete / LM .
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24 Set
|
1º Voo
Lumbo / Tete.
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1941
|
8 Jan
|
1ª Voo
BOAC via Vaaldam para Durban.
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3 Fev
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1º voo em
que foram aceites cartas de LM / Johannesburg
via Vaaldam, pela BOAC.
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16 Fev
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Retoma da
ligação LM / Luanda pela SAA
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6 Jun
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1º mala
aérea LM / Leopoldville pela SAA,
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2 Nov
|
Extensão
DETA , de LM a Mocimboa da Praia, com escalas em Inharrime, Mambone, Moma e
Quinga.
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5 Nov
|
Voo de retorno
Mocimboa / LM
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1942
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19 Jun
|
1ª
Ligação LM / Johannesburg / Leopoldville / Ponta Negra / Luanda (30/6).
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1943
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12 Set
|
1ª
ligação DETA, LM / Mutarara.
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16 Set
|
Voo
retorno Mutarara/LM.
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1944
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24 Out
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1º voo
BOAC, LM / Lisboa (chegada 11/11) via Cairo/Gibraltar/Londres
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1946
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31 Dez
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1º voo
TAP Lisboa /Luanda/LM (6/1). Linha
Aérea Imperial.
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Carimbo próprio
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1947
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11 Jan
|
Retorno
LM/Luanda/Lisboa (17/1)
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Carimbo próprio
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25 Maio
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1º voo
Tananarive / LM pela Air France.
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Carimbo próprio
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27 Maio
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Voo de
retorno
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1948
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11 Ago
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1º voo
DETA , LM / Nampula
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1949
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12 Fev
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Reatamento
voos LM /Durban pela SAA
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2 Maio
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1º Voo
reatamento de Durban/ LM
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8 Set
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1º voo
S.Tomé / LM . Carimbo especial
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*
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1951
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28 Abril
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1º voo
regular DETA, LM / Luanda, via Livingstone e Vila Luso
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10 Ago
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1º voo
directo Nairobi / LM pela C.A.A..
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11 Ago
|
Voo regresso
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1953
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26 Out
|
1º Voo
Paris/Johannesburg/LM ( 28/10), pela UAT.
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1954
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28 Maio
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1º voo
Nampula/ Vila Cabral
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Carimbo próprio
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31 Maio
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1º voo
Vila Cabral / Nampula
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Carimbo próprio
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1961
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3 Abr
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1º Voo
Comercial TAP –Lisboa/Beira/Lisboa.
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Carimbo próprio
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1970
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12 Fev
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1º voo
Tananarive / LM pela Air Madagascar
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1 Jun
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1º voo
directo TAP Lisboa/LM/Lisboa. Boeing 707
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Carimbo próprio
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1973
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3 Jun
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1º voo TAP -Boeing 747B. Lisboa/Luanda/Beira/LM.
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4 Jun
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Voo regresso
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2 Nov
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1º Voo Air Rhodesia , Salisbury / LM.
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Carimbo próprio
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4 Nov
|
Voo regresso.
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1975
|
4 Nov
|
10º
Aniversário TAP Lisboa / Beira e regresso
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“ACIDENTADOS”
1934
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7 Ago
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2º voo
França/Madagascar, no retorno, crash em Marromeu
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#
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1939
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1 Mai
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Acidente
"Chalenger" na baía do Lumbo. Carimbo especial.
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2 Jul
|
RANA,
crash em Nova Lusitânia
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#
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1940
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6 Nov
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Acidente
DETA Vila João Belo
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1941
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11 Nov
|
Acidente
DETA em Inhambane
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#
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1943
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22 Fev
|
Acidente
do Yankee Clipper em Lisboa. Marca especial aplicada em Lisboa, em carta do
Brasil para Moçambique.
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*
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1944
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23 Fev
|
Acidente
DETA em Quelimane
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#
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1951
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21 Jun
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Acidente
da PANAM na Libéria, na rota Johannesburg/Lisboa/Nova Iorque. Carimbo
especial
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1955
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15 Mai
|
Acidente
DETA na Praia de Zalala
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#
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1959
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12 Dez
|
Acidente
da Scotish Airlines no rio Zambeze
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#
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1970
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27 Mar
|
Acidente
DETA em Lourenço Marques
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#
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# - Como
houve correspondência resgatada destes acidentes e apesar de, até à data, não
ser conhecida nenhuma peça circulada identificada com estes eventos, é possível
que existam e sejam dadas a conhecer futuramente.
* Eventos não referenciados em listas
anteriores.
Nota
Final: Resultante também das minhas investigações, a lista de eventos
aeropostais que apresento (incluindo os “acidentados”), constitui a mais
completa e actualizada de Moçambique na época colonial, publicada até ao
presente, nomeadamente em Português.
Seria
para mim particular motivo de satisfação, se fosse considerada como referência
nesta área, ainda que porventura possa ter algumas falhas ou imprecisões, que
acrescentarei, se, e quando, chegarem ao meu conhecimento.
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