..........Os aviões levantavam cada um para seu lado, ganhavam altura e, quando estavam a dois mil metros de altitude e se encontravam, começava a dança. Primeiro um contra o outro, de frente para ver se a metralhadora abatia o adversário. Passávamos rés - vés, quase a tocar. Imediatamente, um descrevia um "looping", tentando surpreender o outro picanço. O outro numa curva muito apertada, via o perigo e deixava-se entrar em parafuso para se safar. O que saía primeiro dessa figura, começava a fugir para subir ou para tentar apanhar o outro, fosse ele para onde fosse. Se o "inimigo" subia também a querer persegui-lo, então, sim, o que ia mais alto ia diminuindo a potência e quando estavam novamente a dois mil metros, travava-se o combate a sério. "Looping", "Tonneaux", voltas de "Immelman", viranços e reviranços, enfim, uma série de doidices com os aviões muito juntos que faziam arrepiar quem lá de baixo assistia aos treinos. Aquilo acabava sempre com uma entrada em parafuso lá das alturas, que ia quase até ao chão, fingindo-se atingido. O outro vinha em voo picado para ver o resultado, terminando os dois com uma série de "looping" a rasar a pista. Era um espectáculo.
Cmte. M. Faria Peixoto
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Mas que espectáculo,...
Maravilhoso! Linda esta descrição.
É tão real e pormenorizada que parece estamos a assistir a toda esta "cena" neste momento..... O tempo pára!
São Camposinhos
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